Dispõe sobre denominação de “ROQUE PIRES DO AMARAL” a uma praça pública de nossa cidade e dá outras providências.

Promulgação: 19/10/2015
Tipo: Lei Ordinária

JUSTIFICATIVA:

O jornalista Roque Pires do Amaral, o Roquinho como era conhecido, nasceu na cidade de Porangaba, SP, em 28 de novembro de 1949. Filho de oleiro Abílio Pires do Amaral e de Angélica Miranda do Amaral, labutou de sol a sol na lavoura ou na olaria, até que seus pais decidiram se mudar para Sorocaba no início da década de 50 para dar a ele e aos irmãos Clementino, José Carlos e Maria Madalena a chance de alçarem vôo sozinhos e construírem suas vidas a partir do alicerce do trabalho.

Pelas próprias características, costumes e condições das famílias trabalhadoras da época, Roquinho só ingressou no antigo grupo escolar aos dez anos, concluindo-o aos catorze, quando começou a trabalhar numa fábrica de tecidos para ajudar na manutenção da casa. No início de 1969, começou a trabalhar como aprendiz na gráfica do jornal Folha Popular, que acabara de mudar a razão social para Folha de Sorocaba. Curioso, enquanto mexia na gráfica em linotipos e pranchas de composição de páginas de jornal com linhas de chumbo, Roquinho se interessava pelo serviço dos colegas da redação - que escreviam e passavam os originais, em papel jornal às vezes cortado à faca, para o serviço gráfico, que ia da composição, montagem e impressão. Veio dali o interesse pela leitura de jornais, mesmo ainda sem entender direito de muitos dos assuntos nele tratados, numa época espinhosa para a vida do país. Ainda sem nenhuma escolaridade, no segundo semestre de 1969, aventurou-se a uns escritos jornalísticos, mostrando-os ao redator-chefe, Celso Vitório de Toledo, buscando uma oportunidade de trabalhar como repórter no jornal. Aproveitando a falta de um jornalista da área policial, o mencionado redator-chefe enviou o Roquinho para a primeira missão jornalística, chegando de ônibus ao prédio ainda existente (e único da Polícia Civil, na época) da Delegacia de Polícia, na Av. General Carneiro. A partir daquela data, ele não mais saiu das redações.

Através do editor-chefe do jornal Cruzeiro do Sul na época, José Caetano Graziosi, Roque Pires do Amaral obteve seu Registro Profissional do Ministério do Trabalho e Previdência Social, podendo exercer o cargo de jornalista oficialmente, até o seu último dia de vida.

Roque Pires do Amaral, depois da Folha de Sorocaba, trabalhou nas redações dos jornais Diário de Sorocaba, Diário de Limeira, Cruzeiro do Sul e Folha de Votorantim. Foi assessor de imprensa da Associação Cristã de Moços (ACM) de Sorocaba e editor fundador do Jornal Ipanema. Fez redação de noticiário de rádio na Jovem Pan. Foi diretor da Imprensa Oficial do Município de Sorocaba. Foi assessor de imprensa do Serviço Autônomo de Água e Esgoto (SAAE) de Sorocaba e da Câmara Municipal, onde em 1998 foi designado pelo então presidente Oswaldo Duarte Filho para criar e implantar a TV Legislativa - o que fez em quatro meses e meio. Ainda na Câmara, foi assistente parlamentar do ex-vereador Gabriel Bitencourt, e, por último, atuou como assistente parlamentar e assessoria de imprensa no gabinete do Vereador José Antonio Caldini Crespo.

Roquinho faleceu no dia 04 de abril de 2012 aos 62 anos de idade, por consequência de um câncer. Era casado em segundas núpcias com Simone Germano Pires do Amaral. Deixou as filhas Melissa e Fernanda, e a neta Mariana.