Foi do vereador José Crespo (DEM) um dos votos contrários, nesta terça-feira (5), à deliberação de um projeto de lei do prefeito Vitor Lippi que pretendia acabar com a carga de seis horas de trabalho para servidores municipais que necessitam de curso superior para ocupar determinados cargos. Não tendo sido deliberado, o projeto do prefeito foi para o arquivo da Câmara.
A redução de oito para seis horas diárias de trabalho para aqueles servidores foi instituída pela lei municipal nº 8.348, promulgada em dezembro de 2007, e sua vigência ocorreu a partir de janeiro deste ano.
Uma das justificativas usadas pelo prefeito para mandar aquele projeto à Câmara foi a crise econômica e a urgência da adoção de medidas visando seu enfrentamento.
O vereador José Crespo votou contra a deliberação do projeto por entender que ele significava apenas uma medida de contenção de gastos afora outras já anunciadas, mas ainda não implementadas pela Prefeitura.
Crespo entende que um projeto daquela natureza só deve ser analisado e votado pela Câmara depois de conhecidos os resultados das medidas anti-crise preconizadas pela Prefeitura através do decreto nº 16.572, de 16 de abril de 2009.
Aquele decreto prevê o corte de 70% das horas extras mensais, redução de 10% da ocupação dos cargos externos de livre nomeação e do mesmo percentual em relação ao gasto com energia elétrica, além do corte de 50% das despesas com os serviços de tapa-buracos.
O vereador Crespo já pediu e está no aguardo de informações da Prefeitura que permitam avaliar o impacto que aquelas medidas representarão nas finanças municipais.