Os vereadores José Crespo (DEM) e
Por maioria de votos, os vereadores que haviam sido nomeados para integrar a chamada CPI dos Empréstimos decidiram nesta sexta-feira extingui-la antes mesmo do início dos seus trabalhos de apuração das circunstâncias de uma operação financeira realizada pela Prefeitura com um banco particular, quitando empréstimos pessoais feitos por seus funcionários e deles cobrando a juros mínimos as quantias devidas.
Não concordando com o arquivamento da CPI daquela forma, os únicos vereadores que votaram pela sua continuidade, José Crespo (foto) e
Na ação protocolada junto à Vara da Fazenda, Crespo e França argumentam que o arquivamento precoce da CPI, na forma como ocorreu, afronta o dispositivo constitucional de garantia ao direito da minoria parlamentar.
Eles pedem à justiça a anulação da votação dos vereadores que culminou com a extinção da CPI “pela sua manifesta ilegalidade”, bem como que seja determinado aos impetrados que se abstenham de “obstruir o regular processamento da CPI, possibilitando-se assim seus ulteriores atos e termos, com a nomeação do presidente e relator e abertura das investigações.
A CPI havia sido formalmente constituída no último dia 17 de fevereiro, mediante solicitação de sete vereadores:
Originada a partir de uma denúncia do cidadão Eilovir José Brito feita à Câmara, a CPI iria investigar a legalidade ou não de um ato do prefeito Vitor Lippi, que sem autorização legislativa ou previsão orçamentária, usou cerca de R$ 850 mil para quitar à vista débitos de servidores municipais com uma instituição bancária.
O prefeito determinou que o valor pago ao banco fosse descontado dos beneficiados pelos financiamentos em 24 meses, acrescido de juros mínimos (de 0,29%) – isso, quando os contratos assinados pelos funcionários municipais com o BNL previa o pagamento de juros da ordem de 5,5%.
Da reunião que resultou no arquivamento da CPI participaram os vereadores
Crespo e França defenderam a escolha do presidente e do relator da CPI antes da decisão sobre sua continuidade ou não. França alertou os colegas de que o arquivamento da CPI, antes mesmo que ela iniciasse qualquer trabalho de apuração dos fatos que lhe deram origem, iria ficar muito ruim para a imagem da Câmara. Martinez argumentou o contrário – o grupo deveria decidir antes sobre o destino da CPI.
Os vereadores Anselmo, Silvano, Oleriano, Godoy, Irineu, Martinez e Rozendo votaram contra o prosseguimento da CPI. Apenas os vereadores Crespo e França, vencidos, votaram favoravelmente à continuidade da comissão investigativa.
(Assessoria de Imprensa do vereador José Crespo/DEM)