06/04/2011 12h50

De autoria do vereador Helio Godoy (PTB) e do Executivo, projetos entram em primeira discussão nesta terça

 

Os vereadores apreciam propostas semelhantes de combate à dengue na sessão ordinária desta terça-feira, 7. Os dois projetos de lei em pauta em primeira disucssão alteram a Lei Municipal nº 8.354, que dispõe sobre o controle de populações de animais, prevenção e controle de zoonoses.

 

O primeiro, de autoria do vereador Helio Godoy (PTB - foto), estabelece multa de R$ 500 a R$ 1 mil a proprietários de imóveis residenciais, comerciais ou industriais em caso de existência de plantas ou quaisquer objetos que podem se tornar criadouros do mosquito da dengue. No caso de serem encontrados ovos ou larvas do mosquito, a multa irá variar de R$ 1 mil a R$ 2 mil. Caso o proprietário se recuse a permitir a entrada do agente sanitário no imóvel, a multa sobe para a faixa entre R$ 1 mil e R$ 3 mil.

 

Para condomínios ou concessionárias do serviço público, como a Urbes, o Saae ou a ALL, a multa será de R$ 5 mil. E o projeto de lei prevê, ainda, que, no caso de situação que configure iminente perigo para a saúde pública, o agente de saúde poderá promover o ingresso forçado no imóvel, caso o proprietário ou responsável se recuse a permitir a inspeção do mesmo.

 

Com o mesmo tema, projeto do Executivo também propõe a alteração da lei de zoonoses aumentando o valor da multa em caso de infrações que passam da faixa de R$ 55 a R$ 700 para no mínimo R$ 200 e no máximo R$ 2 mil. “A justificativa é a obtenção de maior eficiência na campanha de saúde pública de combate ao mosquito Aedes Aegypti, em face do. risco de epidemia na cidade”, destaca a justificativa do projeto da prefeitura.

 

Outros dois projetos semelhantes discutem a segurança nos prédios públicos. De José Francisco Martinez (PSDB), o primeiro prevê monitoramento por meio de câmeras de vídeo em escolas, CEIs - Centros de Educação Infantil, Unidades de Saúde, secretarias municipais e demais órgãos públicos. Já o projeto de Ditão Oleriano, autoriza a prefeitura a instalar câmeras de segurança interna em todos os CEIs e em todas as creches conveniadas.

 

Saúde preventiva - O vereador Marinho Marte (PPS) Marinho Júnior está propondo a manutenção de desfibrilador nos estabelecimentos de ensino do município. Projeto de lei em pauta modifica a Lei 7.389, também de sua autoria, que tornou obrigatória a manutenção do aparelho nos locais em que há grande circulação ou concentração de pessoas, como terminais rodoviários, casas de espetáculo, centros esportivos, shoppings e universidades, entre outros.

 

“É de extrema importância que as escolas, onde há grande concentração de jovens que praticam atividades esportivas, possuam o aparelho desfibrilador parar situações de emergência, o que se caracteriza uma ação preventiva voltada à saúde pública”, justifica Marinho.

 

Já o projeto de Claudemir Justi (PSDB) determina que banheiros públicos de estabelecimentos particulares instalem suporte ou gancho para colocação de bolsas e mochilas. “O objetivo não é só trazer comodidade aos usuários, mas principalmente oferecer melhores condições de higiene”, justifica o autor.

 

Segundo a proposta, tanto em banheiros femininos, quanto masculinos e para deficientes, shoppings, bares, cinemas, estádios, hotéis, hospitais e outros locais ficam obrigados a instalar o suporte específico. O projeto estabelece multa de 250 reais em caso de descumprimento e de 500 reais em caso de reincidência.

 

Direitos dos deficientes - Projeto de Geraldo Reis (PV) determina a inclusão de dizer sobre a Lei de Acessibilidade do Município, Lei nº 8.051/2006, no material de publicidade de eventos. Segundo o PL, a frase - "Este evento encontra-se de acordo com a lei municipal n° 6051 de 11 de dezembro de 2006, respeitando acessibilidade de pessoas com necessidades especiais motoras ou mobilidade reduzida" - deverá ser transcrita em todo material publicitário impresso e vinculada nos informes televisivos ou radiofônicos.

 

Outro projeto, este do Executivo, altera a denominação do Conselho Municipal da Pessoa Portadora de Deficiência, criado pela Lei nº 6.480, de 2001, que passa a se chamar "Conselho Municipal da Pessoa Com Deficiência".

 

Mudanças - José Crespo (DEM) está propondo mudança no horário das sessões ordinárias, que passariam a ser realizadas a noite – das 18h45 às 22h15. Hoje as sessões acontecem no período da manhã, a partir das 9h. “Com a realização das sessões ordinárias no período noturno, abre-se a possibilidade a qualquer um do povo que tenha outros compromissos durante o dia de assistir presencialmente as sessões, num incentivo à prática da cidadania e da democracia”, justifica Crespo no Projeto de Resolução 01/2011.

 

Já projeto de lei de Anselmo Neto (PP) revoga o inciso VIII, do Art. 2º da Lei nº 8.693, de 30 de março de 2009, referente ao licenciamento de ferro velho, excluindo a necessidade de termo de compromisso garantindo que os locais de estoque de mercadorias sejam protegidos de intempéries. Segundo Neto, a falta de regulamentação impede a aplicabilidade da lei.

 

E projeto de Helio Godoy acrescenta dispositivo ao Plano de Urbanização e Regularização Fundiária e Urbanística das Zonas Especiais de Interesse Social, Lei nº 8.451, estabelecendo que a Secretaria Municipal de Negócios Jurídicos deverá fazer a análise e dar parecer aos pedidos de ligação de água e esgoto nos. imóveis pertencentes as AEISs.

 

“A alteração proposta visa dar maior agilidade aos procedimentos para o fornecimento de água e esgoto em imóveis inseridos nas AEISs”, justifica Godoy.

 

Ainda em primeira discussão, projeto de lei Neusa Maldonado (PSDB) institui no Calendário Oficial do Município, o Dia da Conscientização da Cardiopatia Congênita a ser comemorado em 12 de junho e projeto de Izídio de Brito (PT), inclui no calendário o evento Grupo Folia de Reis, realizado anualmente de 25 de dezembro a 06 de janeiro, na Vila Formosa.

 

Segunda discussão - Os vereadores apreciam ainda o projeto de lei de autoria do vereador João Donizeti (PSDB) que proíbe e pune maus-tratos contra todos os animais, de cães e gatos a pássaros migratórios, sob pena de multa de R$ 2 mil, dobrada a cada reincidência e reajustada anualmente.

 

Matéria remanescente – Outros seis projetos de lei completam a pauta. Em primeira discussão, de autoria do vereador Ditão Oleriano (PMN), projeto obriga a empresa concessionária de energia elétrica a trocar gratuitamente os postes de ferro das residências por postes de concreto com rede econômica. De acordo com a proposta, que abre a ordem do dia desta terça, os moradores ficam encarregados de solicitar a troca que deverá ser efetuada em 30 dias sob pena de multa diária de R$ 2 mil.  

 

Os vereadores apreciam também a proposta de José Francisco Martinez (PSDB) que cria o “IPTU Ecológico” - desconto no Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) de habitações sustentáveis - e o projeto de lei Irineu Toledo (PRB) que garante transporte coletivo gratuito aos portadores de doença mental grave – ambos em primeira discussão.

 

Em segunda discussão, três projetos declaram entidades como de utilidade pública: de Helio Godoy (PTB), o “Rotary Club de Sorocaba Art Nossa”; de Anselmo Neto (PP), o “Sindicato dos Propagandistas, Propagandistas – Vendedores e Vendedores de Produtos Farmacêuticos de Sorocaba - SINPROSOR” e de Rozendo de Oliveira (PV), a “ACT – Associação Cultural Tropeira de Sorocaba e Região”.

 

E em discussão única, retorna à pauta a moção de repúdio de José Crespo (DEM) ao Secretário Municipal de Finanças, Fernando Furukawa – sobre seu posicionamento em relação a revogação da Lei 8983 de Anselmo Neto (PP), que previa parcelamento do IPTU em três parcelas.