Helio Godoy usa instrumento legal porque empresa se recusa a fornecer relatório
O líder do PTB na Câmara de Sorocaba, Helio Godoy, apresentou nesta quinta-feira (9) um requerimento no qual cobra, de forma oficial, o estudo técnico da Urbes sobre as falhas das novas marginais da rodovia Raposo Tavares.
O requerimento é um instrumento legal da Câmara que pode enquadrar o prefeito em crime de responsabilidade e levar até a cassação caso Prefeitura, autarquias e empresas públicas não forneçam a resposta no prazo máximo de 15 dias.
O vereador decidiu adotar o procedimento depois que a Urbes se recusou a fornecer o estudo que os técnicos da empresa haviam prometido entregar na última segunda-feira (6) e que depois adiaram para esta quinta-feira (9).
“O presidente da Urbes, Renato Gianolla, desrespeita o Legislativo com essa atitude. Poderíamos esperar mais tempo se fôssemos informados das razões. Mas os técnicos não vieram e não justificaram”, disse o vereador na tribuna.
Para Helio Godoy, a recusa da Urbes em fornecer o relatório ocorre porque a empresa não quer endossar, para não se comprometer, os 26 pontos críticos apontados por ele no relatório que acompanhou o pedido de estudo técnico.
“Eles estão tirando o corpo fora, mas essas observações que fizemos deveriam ter sido feitas pelos técnicos da própria Urbes e da Prefeitura, porque o trecho das marginais da Raposo é um trecho urbano, e elas não foram feitas”, disse.
O objetivo do líder do PTB, ao solicitar o estudo técnico da Urbes, foi comprometer a Prefeitura e a Urbes na luta para obrigar a Viaoeste a corrigir os problemas e também dar embasamento técnico para o que ele constatou em vistoria.
Poste no meio da rua
O relatório elaborado pelo vereador descreve em detalhes cada uma das situações. Acompanha farto material fotográfico. Existem pontos em que as fotos fazem um storyboard de flagrantes dos pontos mais graves.
Uma das falhas que chamam a atenção é a existência de um poste de energia da CPFL (Companhia Piratininga de Força e Luz), deixado em uma área que invade a rua Antônio Aparecido Ferraz no km 102+500, no sentido interior/capital.
Outro dos principais pontos é a falta de uma alça de acesso no viaduto do quilômetro 104, no sentido capital/interior, para que o motorista possa chegar à avenida Engenheiro Luiz Mendes de Almeida, na altura do Jardim Capitão.
O mesmo ocorre com outra alça no mesmo viaduto, mas no sentido oposto, o que faz com que o motorista seja obrigado a atravessar uma passagem em nível pela avenida sob o viaduto, se expondo a riscos de acidente.
Também é ponto grave do relatório a falta de tubulação e passagem de água sob a pista na altura do quilômetro 103. O problema provoca inundações em empresas como a Baucar, nas proximidades, e há o risco da dengue.
(Assessoria de Comunicação do