Responsabilidade da fiscalização nos hospitais psiquiátricos será discutida em oitiva

 

  A responsabilidade da fiscalização nos hospitais psiquiátricos de Sorocaba será discutida nesta sexta-feira, dia 1º, sexta oitiva da Comissão Especial que investiga maus-tratos e mortes de pacientes nas referidas instituições. Foram convidados para prestar os esclarecimentos  o diretor técnico de Departamento de Saúde - DRS XVI, Dr. João Marcio Garcia; pelas funcionárias públicas Suzana Rocha Rodrigues Costa, psiquiatra, e Maria Aparecida Acosta, assistente social; a diretora técnica da Divisão de Saúde do Grupo de Vigilância Sanitária XXXI, Sônia Maria de Andrade Siqueira; a atual coordenadora Municipal de Saúde Mental, Dra. Maria Clara Schaidman Suarez e seu antecessor, Dr. Henrique Antonio Imthurn e o atual secretário municipal de Saúde,  Ademir Watanabe .

 

  A decisão quanto à realização da oitiva para tratar do assunto foi tomada após reunião realizada no último dia 10, pelos membros da comissão no DRS XVI, onde os representantes do órgão afirmaram que a responsabilidade de fiscalização dos hospitais psiquiátricos de Sorocaba é da Prefeitura desde 1990.

 

  A informação contradiz a Dra. Maria Clara Suarez, responsável pelo Departamento de Saúde Mental da Secretaria Municipal de Saúde de Sorocaba. Em seu depoimento à mesma comissão na oitiva feita no plenário da Câmara no dia 20 de maio, a médica declarou aos parlamentares que até agosto do ano passado a responsabilidade da fiscalização desses hospitais era estadual, portanto do DRS, que representa o Estado na região

 

  Segundo o presidente da comissão, Izídio de Brito Correia (PT), esse esclarecimento será fundamental para a condução dos trabalhos. “Uma fiscalização bem feita, no mínimo, poderia ter, senão evitado, pelo menos diminuído esse índice excessivo de mortes”, ressalta.

 

  A Comissão Especial que Investiga o Atendimento nos Hospitais Psiquiátricos foi criada por iniciativa do vereador Izídio de Brito (PT), seu presidente, e têm como membros os vereadores José Crespo (DEM), Luis Santos (PMN), Rozendo de Oliveira (PV) e Neusa Maldonado (PSDB), com base em estudo realizado pelo Flamas (Fórum da Luta Antimanicomial de Sorocaba). Segundo o levantamento, ocorre uma morte a cada cinco dias e meio nos hospitais psiquiátricos de Sorocaba. A média de óbitos na região é de 16,5 mortes para cada 100 leitos psiquiátricos, enquanto a média nos dois maiores hospitais psiquiátricos do Estado não passa de sete óbitos para cada 100 leitos.

 

  As oitivas são realizadas sempre as sextas-feiras, às 9 horas, no plenário da Câmara e transmitidas pela TV Legislativa e pela internet, para possibilitar o acompanhamento dos depoimentos pela população.

 

( Assessoria de imprensa do vereador Izídio de Brito/ PT)