Diretores dos hospitais foram ouvidos nesta sexta. Relatório sobre os trabalhos deverá ser entregue em agosto
A Comissão do Atendimento na Saúde Mental, que investiga denúncias envolvendo os hospitais psiquiátricos de Sorocaba, realizou na manhã desta sexta-feira,
Esta foi a oitava reunião realizada pela Comissão Especial, que é composta pelo presidente Izídio de Brito (PT), pelo relator Luis Santos (PMN) e pelos membros José Crespo (DEM), Rozendo de Oliveira (PV) e Neusa Maldonado (PSDB).
O diretor administrativo do Hospital Mental, David Neief Haddad, iniciou as falas. O diretor é contrário ao fechamento de hospitais psiquiátricos. “É preciso melhorar, não fechar”, disse, destacando que falta verba para manter o tratamento adequado dos pacientes. Segundo Haddad o hospital recebe R$ 420 mil mensais em verbas sendo que seriam necessários R$ 900 mil, em sua opinião. O diretor rebateu o que classificou como ‘pseudo’ fiscalização feita pela Flamas que apontou inúmeras irregularidades e opinou pelo fechamento.
O diretor clínico do Hospital Teixeira Lima, Dirceu de Albuquerque Doretto, foi o segundo a falar. O diretor fez uma breve explanação sobre a história do hospital, inaugurado em 1962, acerca das instalações e dos programas terapêuticos. Segundo Doretto, em média, 90 pacientes são internados no hospital ao mês.
O diretor também contestou o relatório do Flamas e segundo ele o hospital foi um dos mais prejudicados pelos número de óbitos informados. Afirmou que se trata de uma questão delicada e que a taxa de mortes no Teixeira Lima é de 1,04%, considerada pelo diretor “razoável e dentro da média”.
O diretor clínico do Hospital Jardim das Acácias, Jair Salim, foi representando por Antonio Carlos Ribeiro, presidente da Associação dos Insanos de Sorocaba, que apresentou dados do hospital, existente há 93 anos. O médico também rebateu as denúncias do Flamas e afirmou que o hospital está aberto a visitação e que a diretoria está consciente da existência de falhas. Ribeiro, através de estatísticas, apresentou um panorama dos atendimentos, internações e morte destacando que a taxa foi de 1,10% no período de
Também participou da oitiva, o vereador Emílio Ruby e a representante do Ministério da Saúde, Adriana Caldeira, que parabenizou a Câmara pelo trabalho da Comissão e afirmou que o MS está desde 27 de abril em Sorocaba para discutir a saúde mental do município.
O presidente Izídio de Brito não descarta a possibilidade da comissão ouvir outras pessoas, caso os membros necessitem de mais informações.