17/08/2011 12h19
 

Acontece nesta quinta-feira (18) na Câmara, a partir das 19h30, outra audiência pública para tratar da situação do pronto socorro municipal – ameaçado pela diretoria da Santa Casa, o hospital mantenedor, de cessar suas atividades daqui a exatos 14 dias, ou duas semanas, caso a Prefeitura não aumente o valor destinado à cobertura de suas despesas de funcionamento.

 

A audiência foi agendada pela comissão de vereadores formada para acompanhar as negociações entre a Santa Casa e a Prefeitura abertas depois que, no dia primeiro de junho, a direção do hospital deu o prazo de três meses, a vencer no próximo dia 31, para que a Prefeitura reajuste os repasses de acordo com os termos de uma proposta ainda em estudo.

 

O vereador José Crespo, presidente da comissão, disse na manhã desta terça-feira considerar um absurdo que, decorridos 78 dos 90 dias do prazo concedido pela Santa Casa para fechar o pronto socorro, as partes não tenham ainda chegado a um acordo.

 

- Isso é, no mínimo, um desrespeito para com os usuários dos serviços daquela única unidade de emergência pública da cidade, que não merecem ficar na incerteza de um atendimento médico desse tipo a partir do próximo dia primeiro. A Prefeitura, única responsável pelo funcionamento do pronto socorro, deve explicações cristalinas ao povo sobre essa falta de definição em torno de um assunto tão importante, considera Crespo.

 

 Para o vereador, “salta aos olhos de quem quer ver que a intenção da Prefeitura, ao protelar o acordo, é mandar à Câmara o projeto de lei dispondo sobre o novo convênio com a Santa Casa para ser votado de afogadilho, sem dar aos vereadores tempo para uma análise mais profunda sobre o caso, tendo em vista que esse acordo precisa ser assinado dentro de duas semanas para evitar o fechamento do pronto socorro municipal”.

 

Crespo entende que, se isso não estiver contemplado na minuta do novo convênio entre a Prefeitura e a Santa Casa, o acordo, entre outros dispositivos, deverá estabelecer uma forma clara de reajuste dos repasses financeiros destinados à manutenção do pronto socorro, para que lá adiante o hospital não venha de novo alegar despesas inesperadas para pleitear aumentos fora de época, usando o mesmo recurso de interrupção das atividades do pronto socorro que está adotando agora.

 

- A audiência desta quinta-feira vai acontecer com ou sem acordo anunciado entre a Prefeitura e a Santa Casa, mesmo porque a população continua merecendo explicações detalhadas daquelas partes sobre como, quanto e porque será pago a partir de setembro para a manutenção do pronto socorro, informa o vereador Crespo.

 

O provedor da Santa Casa, José Antonio Fasiaben, e o secretário municipal de Saúde, Ademir Watanabe (que estão à frente das negociações entre o hospital e a Prefeitura), receberam ofício da comissão de vereadores convidando-os a participar da audiência, trazendo a público não apenas planilhas de custos, mas também informações sobre os termos do acordo em discussão.

 

O público poderá participar da audiência com seus questionamentos comparecendo à Câmara ou por e.mail (audienciapublica@hotmail.com) e telefone (32381112).

 

 

 

(Assessoria de Imprensa – Vereador José Crespo – DEM)