21/09/2011 13h18

Proposta pelo vereador Helio Godoy (sem partido), a audiência reuniu especialistas e entidades que destacaram a importância de união da sociedade com o poder público para combater o problema

 

Por iniciativa é do vereador Helio Godoy (sem partido), a Câmara Municipal de Sorocaba reuniu autoridades, especialista e entidades organizadas em audiência pública realizada na manhã desta quarta-feira, 21, para discutir a política de combate às drogas desenvolvida no município pela administração pública e também por instituições parceiras.

 

A secretária de Juventude, Edith Maria di Giorgi, e o vereador Rozendo Oliveira (PV) também participaram da audiência que contou com a presença de representantes da Secretaria da Saúde, Polícia Militar, Guarda Civil Municipal, CMDCA (Conselho Municipal da Criança e Adolescente), Grasa (Grupo de Apoio contra Álcool e Drogas Santo Antônio), CIM (Centro de Integração da Mulher) CVV, Centro Terapêutico Viva, Narcóticos Anônimos e das pastorais da Criança, Menor, Juventude e Casos Especiais além de outras ONGs e instituições.

 

Durante a audiência foi proposta a criação de um fundo, para angariar recursos e melhor direcionar as verbas entre as diversas frentes de trabalho, além de priorizar o atendimento das demandas.

 

Godoy, que é autor de projeto de lei, em tramitação na Casa que prevê a criação do Programa Municipal de Combate às Drogas, disse que é preciso conhecer a realidade para dar início a um trabalho efetivo. O vereador ressaltou a importância de verbas orçamentárias, através de emendas parlamentares, para ampliar o trabalho das instituições que trabalham no combate ao uso de drogas e tratamento de dependentes químicos.

 

O professor Flaviano Agostinho de Lima apresentou dados da pesquisa encomendada pela Secretaria da Juventude a Ipeso, quando foram ouvidas 1220 pessoas entre 14 e 29 anos. A estimativa do consumo de drogas entre os jovens de Sorocaba aponta que 83% dos jovens nunca experimentaram sendo que 16% afirmaram que já usaram algum tipo de droga como maconha, cocaína, crack e ecstasy. O estudo também aponta que grande parte do consumo está nas classes A, B e C.

 

Secretaria de Juventude - A secretária iniciou informando que o uso de drogas é uma grande preocupação da administração municipal e destacou a necessidade do comprometimento da família com a educação. “O uso de drogas está ligado à falta de limites em casa. Temos que discutir qual o papel da família”, disse.

 

Edith di Giorgi disse que a política pública adotada pelo município é baseada em estudos técnicos e na política nacional e internacional com foco na educação. “Estamos abertos às discussões e a tudo que puder ampliar nossas ações”, completou.

 

Sobre a concentração das ações na periferia, a secretária defendeu a ampliação do trabalho a todos os bairros do município, o que não acontece ainda por falta de verbas. “Políticas públicas tem que ser universais, mas temos que dar prioridade para quem mais precisa. Sem condições de estar em todos os lugares temos que fazer uma opção”, disse.

 

Sobre a polêmica envolvendo o material de Redução de Danos, a equipe da prefeitura esclareceu que o programa de é uma estratégia ampla para evitar a transmissão das doenças sexualmente transmissíveis, principalmente o HIV/AIDS e que o material produzido é específico e de extrema importância, indo muito além do consumo de drogas.