Requerida pelo vereador João Donizeti (PSDB), a audiência contou com a participação de várias autoridades e um abaixo-assinado dos vereadores em defesa do batalhão.
A implantação de um batalhão da Polícia Militar na Zona Industrial de Sorocaba foi o tema de audiência pública realizada na noite de quarta-feira, 19. Requerida pelo vereador João Donizeti, a audiência contou com a presença do coordenador estadual dos Consegs (Conselhos de Segurança Pública), Evaldo Ribeiro Coratto, e do coronel Vitor Gusmão, comandante do 7o BPM.
Na abertura dos trabalhos, o vereador João Donizeti leu mensagem do presidente da Câmara Municipal,
João Donizeti ressaltou o crescimento acelerado de Sorocaba, que, no seu entender, irá acarretar problemas em várias áreas na região, inclusive na segurança pública. “Empreendimentos como a Toyota atraem pessoas de todos os Estados e até do exterior, causando grande impacto na cidade. Por isso, temos que pensar no segundo batalhão da PM”, argumentou, sendo secundado por vários líderes comunitários e presidentes de Consegs de Sorocaba.
Os vereadores Rozendo de Oliveira (PV) e José Crespo (DEM) também participaram do evento e a
Efetivo da PM – O vereador José Crespo (DEM) apresentou um estudo quantitativo que fez sobre o efetivo policial em Sorocaba e sustentou da tribuna que o município tem 1 policial para cada 922 habitantes, “três vezes menos do que deveria ter se comparado à média estadual”. Mesmo levando em conta outra estatística (1 policial para 600 habitantes), Sorocaba precisaria de 349 policiais, no seu entender, o que exigiria um segundo batalhão.
Já o vereador Rozendo de Oliveira (PV), tenente-coronel da reserva da PM, com 32 anos de carreira, valeu-se de sua experiência para apresentar outra contabilidade sobre a questão. Segundo ele, quando se desconta do efetivo da PM os policiais que estão de licença médica, em cargos administrativos e outras situações do gênero, restam apenas 470 policiais efetivamente nas ruas. “É muito pouco. Precisamos aumentar o efetivo já em pelo menos 250 homens”, afirmou.
Rozendo de Oliveira ressaltou, ainda, que a implantação de um batalhão leva cerca de três anos, pois é preciso abrir concurso e treinar os policiais. Mesmo assim, ele reiterou seu apoio à proposta lembrando que, tão logo assumiu o mandato de vereador, apresentou requerimento ao secretário de Segurança Pública reivindicando o batalhão para Sorocaba.
Visão da PM – O comandante do 7º Batalhão da PM, coronel Vitor Gusmão, se posicionou contra a implantação do segundo batalhão, que, segundo ele, iria desviar parte do efetivo para o trabalho burocrático, começando pela guarda do batalhão. O coronel defendeu o aumento do efetivo e elogiou o trabalho dos Consegs, que, no seu entender, reforçam essa reivindicação. Mas o vereador José Crespo sustentou que basta o governo contratar civis para o trabalho burocrático do batalhão para que os policiais sejam liberados para sua atividade-fim, que é o policiamento da cidade.
Ao final dos trabalhos, o vereador João Donizeti elencou uma série de ações em defesa do segundo batalhão da PM, entre elas a arregimentação da Prefeitura, Câmara e Consegs numa ação conjunta. O vereador também propõe um abaixo-assinado com 20 mil assinaturas a ser entregue ao governador Geraldo Alckmin e ao secretário de Segurança Pública, com o apoio dos deputados estaduais (Maria Lúcia Amary/PSDB, Carlos Cezar/PSB e Hamilton Pereira/PT) e do deputado federal Jéfferson Campos (PSB). Além da defesa do segundo batalhão, a audiência pública foi concluída com a reivindicação – para já – do aumento do efetivo policial na cidade e região.