José Crespo (DEM) questiona o fato de ter sido contratada a obra em período eleitoral e, “inexplicavelmente”, cancelada depois do processo
A Prefeitura de Sorocaba solicitou o rompimento amigável do contrato assinado com a empreiteira Azzi Engenharia e Comércio Ltda. para a construção do CEI 16, que seria erguido no bairro da Árvore Grande. Essa atitude foi motivada, oficialmente, pelo fato de o engenheiro da Prefeitura haver “esquecido” de prever as paredes do prédio, no orçamento geral da obra.
A informação foi transmitida pelo diretor da Azzi, Luiz Rodrigues Pereira Netto, com documentos comprobatórios, durante seu depoimento na CPI das Obras Atrasadas, na última terça-feira, 23. Ele explicou que participou e ganhou a licitação, com o melhor preço, e o contrato foi assinado em 10 de setembro do ano passado, bem no meio do período eleitoral.
“Mas, para iniciar a obra, ele precisava da ordem de serviço, o que inexplicavelmente foi sendo protelado, protelado, até a eleição e também depois dela. Aí veio a alegação do esquecimento das paredes e com ela, a decisão do cancelamento da obra e até da licitação. Poderiam ter saneado a falha, aditando o contrato em apenas 5,45% (quando o máximo legal é 25%), e continuado, mas estranhamente, passada a eleição, a Prefeitura perdeu o interesse na escola”, afirmou o presidente da CPI, vereador José Crespo (DEM).
Para Crespo, entre as obras atrasadas, esse é um caso “sui generis”: “Se a escola não era necessária para atender as crianças da Árvore Grande, por que foi planejada e contratada? Se a escola era necessária, por que atrasar o seu início e agora cancelar tudo? São perguntas que não querem calar, mas que terão que ser respondidas à CPI nas próximas semanas” – afirma o presidente da CPI.
“Além dos custos de licitação já ocorridos e pagos pelo contribuinte, se o empresário não concordar com a rescisão do contrato, essa demanda judicial certamente acarretará mais atrasos e mais custos”, alerta José Crespo.
(Assessoria de Imprensa do vereador José Crespo/DEM)