02/05/2013 09h42
 

 

Muri (PRP) requer providências da prefeitura. Devido a incêndio, capela está destruída, somente com as paredes em pé.

 

 

O vereador Muri de Brigadeiro (PRP) requer do Executivo o restauro da Capela de Inhayba destruída em incêndio no ano passado. A capela Nossa Senhora da Imaculada Conceição, datada de 1930 é tida como um imóvel de grande valor histórico, cultural, paisagístico, religioso e arquitetônico, sendo um dos únicos exemplares do estilo neoclássico na cidade.

 

Em setembro/2012, um incêndio de grandes proporções atingiu o bairro Inhayba, na região de Brigadeiro Tobias, destruindo inclusive a capela, que aguardava estudo para tombamento pelo Conselho Municipal de Defesa do Patrimônio. “Hoje a capela está toda destruída, somente com as paredes em pé”, justifica Muri em seu requerimento.

 

“A assessoria de imprensa dos representantes da empresa Fibria, do Grupo Votorantim, que atua no cultivo de florestas como fonte renovável e sustentável de vida, disseram que iriam avaliar o tamanho do estrago, e fazer um balanço dos danos causados pelo incêndio, mas até o momento ainda não foi divulgado”, destaca o vereador.

 

Patrimônio Histórico: Em junho de 2012, uma liminar obtida com base em uma ação civil pública proposta pelo Ministério Público do Estado de São Paulo, pelo promotor de Justiça, Jorge Alberto de Oliveira Marum, determinou que o Grupo Votorantim teria que pagar multa diária de R$ 10 mil, caso não providenciasse a manutenção e preservação da capela, devido ao seu grande valor histórico.

 

“A capela foi projetada pelo arquiteto paulista Ramos de Azevedo (ex-proprietário das terras ao redor), autor de obras como o Teatro Municipal de São Paulo e a Pinacoteca do Estado. A capela era frequentada por Santos Dumont, que passava suas férias em Sorocaba, e inclusive chegou a elaborar seu testamento aqui numa dessas ocasiões”, afirma Muri.

 

Desde 2003, a capela aguardava estudo para tombamento pelo Conselho Municipal de Defesa do Patrimônio, trabalho que foi concluído em agosto de 2005, propondo ainda o tombamento de um raio de 50 metros do entorno. Tal estudo estava dependendo da assinatura do ex-prefeito Vitor Lippi.