Após 4 meses, Saae toma medida sobre denúncia de vazamento

 

O vereador Carlos Leite (PT) comemorou a informação de que o Saae (Serviço Autônomo de Água e Esgoto) realizará, nesta semana, reparos no reservatório de água da Vila Barão. Ele já havia denunciado, há cerca de quatro meses, esse vazamento no reservatório, que despeja cerca de dois mil litros de água tratada por minuto no sistema de esgoto.

 

Segundo informações de moradores da região, que chegam a utilizar a água para lavar roupas e louças quando há problemas no abastecimento do bairro, o vazamento existe há mais de 20 anos.

 

A CPI do Saae denunciou a existência desse vazamento em 22 de maio deste ano, quando realizou uma diligência ao local, fazendo fotos e filmagens, posteriormente exibidas durante as oitivas com responsáveis pela autarquia. Esses responsáveis informaram que estavam planejando intervenções na caixa de água da Vila Barão, que tem capacidade de reservar cerca de dois milhões de litros de água.

 

“Estamos em plena estiagem, com bairros sofrendo com a falta de água. Esse quadro é absolutamente incompatível com o vazamento que detectamos, e principalmente, com a demora em consertá-lo”, disse o vereador Carlos Leite, que lamentou a falta de comunicação massiva para informar a Zona Norte de que poderá haver falta de água durante as intervenções.

 

No mesmo dia da diligência realizara à Vila Barão, a CPI do Saae também realizou outra diligência, dessa vez à Estação de Tratamento de Água do Cerrado, onde detectou outro enorme vazamento, devido a uma rachadura que existe no fundo do reservatório e que, há anos, permite o desperdício de água.

 

Para tentar solucionar o problema, o Saae implantou uma bomba de recalque para tentar devolver parte da água que vaza pela rachadura, ao sistema de tratamento. Mesmo assim, milhares de litros de água são despejados a cada hora, devido a esse vazamento, no córrego da Água Vermelha.

 

Desperdício por falta de modernização de processo: Na mesma ETA, cerca de 300 mil litros de água são desperdiçados por hora, com a lavagem dos 16 filtros de purificação. Essa água deveria ir para tanques de decantação, ter o lodo resultante da lavagem dos filtros retirado, e seguir para filtragem, sendo aproveitada para consumo humano.

 

Contudo, o Saae despeja essa água diretamente no córrego da Água Vermelha, alegando que não pode ser reutilizada para consumo humano, por causa do lodo que hoje a autarquia não tem competência para retirar. Apesar disso, o Saae despeja essa água com lodo, sem tratamento, no córrego.

 

Assessoria de Imprensa – vereador Carlos Leite (PT)