Diretoria do Banco de Olhos de Sorocaba informou ao presidente da comissão, Izídio de Brito (PT), que há potencial para “zerar a fila”
Em nome da Comissão Permanente de Saúde Pública, o vereador Izídio de Brito (PT), esteve reunido na manhã desta quarta-feira, 6, com a diretoria do Banco de Olhos de Sorocaba (BOS), para tratar da lista de espera por cirurgias de catarata em Sorocaba, entre outras demandas apresentadas por pacientes do Hospital Oftalmológico de Sorocaba.
Segundo dados apresentados, a espera em oftalmologia, só em Sorocaba, chega a 28.398 procedimentos, sendo a lista de cirurgias de cataratas de 4.512 pacientes do município – número que ultrapassa as seis mil operações se considerado o cenário regional. Há três anos o Banco de Olhos não realiza um mutirão da catarata e atualmente são realizadas 100 cirurgias ao mês.
O presidente da comissão, formada ainda pelos vereadores Pastor Apolo (PSB) e Fernando Dini (PMDB), conversou com o presidente do BOS, Pascoal Martinez Munhoz, com o vice-presidente, Sérgio Gabriel, e com o diretor financeiro da instituição, José Artur de Oliveira. “A reunião foi marcada para entendermos como é feito o financiamento das cirurgias, se é repasse municipal, estadual ou federal, para podermos cobrar e auxiliar o hospital na dura missão de diminuir essa fila de espera”, destacou o vereador.
De acordo com o presidente do hospital, o teto financeiro transferido pelo governo para as cirurgias de catarata é o mesmo desde 2004. Outro problema apresentado foi o fato de há três anos a responsabilidade pelo financiamento das cirurgias ter sido transferido pelo Ministério da Saúde para a Prefeitura. Assim, os recursos são liberados não apenas para esta finalidade, mas também para outras especialidades, mediante prestação de contas, o que aumenta a burocracia e dificulta o repasse para o hospital.
“O programa do Governo Federal acabava com as filas, mas quando transferido para a Prefeitura, não anda”, explicou Munhoz. A diretoria destacou que há potencial para atendimento e defende um projeto específico para a catarata. “A fila já foi zerada um dia, poderá acontecer novamente”, destacou o diretor financeiro.
O vereador Izídio de Brito se comprometeu, através da Comissão de Saúde, a auxiliar o hospital nas questões apresentadas. A presidência do hospital pediu que a Câmara intervenha junto à Diretoria Regional de Saúde (DRS) quanto ao teto financeiro, e junto ao Ministério da Saúde em relação ao débito de R$ 4,5 milhões relativo a serviços prestados.
Além da lista de espera por cirurgias de catarata e outros procedimentos tanto da oftalmologia, quanto da otorrinolaringologia, o presidente do hospital destacou o aumento de 40% no atendimento da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Éden, gerenciada pelo BOS. Segundo Munhoz, o aumento representa os pacientes vindos dos convênios médicos. De agosto a dezembro de 2015, a unidade contabilizou cerca de 50 mil atendimentos, entre clínica médica e pediatria, e neste ano já são mais quase 86 mil atendimentos.