Na noite desta quarta-feira, 8, a partir das 19h30, por iniciativa do vereador José Francisco Martinez (PSDB), serão homenageadas mulheres que se destacam na defesa dos direitos das mulheres e da cidadania
Em comemoração ao Dia Internacional da Mulher, a Câmara Municipal de Sorocaba fará a entrega do Diploma Mulher-Cidadã Salvadora Lopes e também o Título de Cidadã Emérita Comunitária a mulheres que se destacam na luta pelos direitos das mulheres e em defesa da cidadania. A iniciativa é do vereador José Francisco Martinez (PSDB) e as homenagens serão entregues em sessão solene na noite desta quarta-feira, 8, a partir das 19h30.
Receberão o Diploma Mulher-Cidadã Salvadora Lopes as seguintes homenageadas: Norma David Stefan, Tania Maria Batista, Miriam Burdin Berigo, Márcia Cristina Rodrigues e a primeira-dama do município Lilian Marangoni Crespo. Já o Diploma Cidadã Emérita Comunitária será entregue a Rute Gargano Ramos da Silva.
“As homenageadas desenvolvem um imprescindível trabalho de valorização da mulher em nossa sociedade e, sem dúvida, fazem por merecer esse reco-nhecimento da Câmara Municipal em nome do povo sorocabano”, afirma o vereador José Francisco Martinez, proponente da homenagem. A solenidade deverá contar com a presença de diversas autoridades e será transmitida pela TV Câmara de Sorocaba (Canal 61.3, aberto e digital, e Canal 6 da NET, além da Internet).
Salvadora Lopes – O Prêmio Salvadora Lopes foi instituído em homenagem à primeira mulher a ser eleita vereadora em Sorocaba, a operária e sindicalista Salvadora Lopes, e confere, anualmente, o Diploma Mulher-Cidadã a mulheres de diferentes áreas, que se destacaram em defesa dos direitos das mulheres e a cidadania, contribuindo, dessa forma, com o desenvolvimento social do município.
Líder operária e pioneira do movimento feminista na região, Salvadora Lopes nasceu em Avaré, em 1918, numa família de espanhóis, e veio para Sorocaba com apenas dois anos de idade. Antes de completar dez anos, deixou a escola e foi trabalhar na indústria têxtil. Em 1930, com apenas 12 anos, participou de sua primeira greve e, aos 21 anos, já era uma líder operária respeitada, chegando a ser presa.
Em 1947, Salvadora Lopes foi eleita vereadora em Sorocaba, mas não tomou posse. Seu partido, o PST, foi indeferido no município pela Justiça Eleitoral e seus 14 vereadores eleitos, praticamente a metade da Câmara Municipal da época, composta de 31 membros, foram cassados. Salvadora Lopes morreu em 19 de dezembro de 2006, aos 88 anos. Sua vida está retratada no livro Salvadora!, do historiador Carlos Cavalheiro, e em um documentário produzido por Werinton Kermes (autor da fofo que ilustra esta matéria) e Miriam Cris Carlos.