Campanha da Fraternidade 2018 é apresentada em sessão solene na Câmara Municipal

A Campanha da Fraternidade 2018, com o tema “Fraternidade e Superação da Violência”, foi apresentada em sessão solene na Câmara Municipal de Sorocaba, na noite de sexta-feira, 9, no plenário da Casa. Realizado por iniciativa do vereador Anselmo Neto (PSDB), por meio do Requerimento 213/2018, aprovado em plenário em 22 de fevereiro último, a sessão solene foi presidida pelo vereador Hélio Brasileiro (MDB) e contou com a presença do arcebispo de Sorocaba, Dom Júlio Akamine.

Além dos vereadores citados e do arcebispo, a mesa de honra da solenidade foi composta pelas seguintes autoridades: o coordenador da Campanha da Fraternidade 2018 da Arquidiocese de Sorocaba, padre Samuel Soares, da Paroquia Nossa Senhora Medianeira; padre Arari dos Santos Amorim (Padre Kojac), da Paróquia Nossa Senhora do Povo, de Brigadeiro Tobias; e o ex-vereador Carlos Leite, representando o Grupo Fé e Política. Representantes de diversas paróquias de Sorocaba estiveram presentes na solenidade e os músicos Vanilza Mark (voz) e Silvio (violão) apresentaram os hinos da Campanha da Fraternidade.

Prevenção da violência – O vereador Hélio Brasileiro abriu a solenidade falando da pertinência do tema da Campanha da Fraternidade deste ano, que trata da violência, e enfatizou que é necessário, sobretudo, preveni-la, além de punir quem a pratica. Já o arcebispo Dom Júlio Akamine, fazendo uso da tribuna, afirmou que a Campanha da Fraternidade é uma forma de diálogo da Igreja Católica com todos os segmentos sociais, inclusive com pessoas de outras religiões e também ateus. “Lutamos contra a violência porque ela é um mal e um pecado inaceitável. A violência é uma mentira que se opõe à verdade da nossa fé e a verdade da humanidade. Infelizmente, assistimos a um aumento da violência nas relações pessoais e na vida social”, afirmou o arcebispo, condenando propostas de se combater a violência com mais violência.

O vereador Anselmo Neto refletindo sobre o tema da Campanha da Fraternidade afirmou que, mesmo sendo impossível erradicar completamente a violência, é necessário superá-la. “As pessoas tentam superar o mal no próprio humanismo e levados pelo humanismo, sem fundamentação, não se supera nada. Porque o homem não consegue se superar. O homem só ultrapassa seus limites, só se supera, quando ele busca algo maior do que é humano. E, para nós, maior do que é humano é Deus” – afirmou Anselmo Neto, afirmando que o Estado deve, sim, ser laico, mas não deve ser ateu. “O Estado precisa de homens e mulheres que saibam viver a realidade física e a realidade espiritual, que saibam transcender as lutas sociais, pois somente com as lutas sociais, nas quais temos de avançar, não atingiremos o objetivo de superar a violência”, enfatizou, acrescentando que há exemplo de pessoas tentando superar a violência com violência.

O padre Samuel Soares falou do desafio de se combater, prevenir e superar a violência. O padre Kojac rememorou diversas ações das pastorais da Igreja Católica em Sorocaba, enquanto Carlos Leite, que integra a Paróquia Santo Antônio, falou da importância da participação política dos cristãos em face dos diversos desafios da sociedade. Durante a solenidade também houve homenagens e, ao final, Dom Júlio Akamine rezou com os presentes a “Oração pela Paz”, de São Francisco de Assis, que começa com os versos: “Senhor, fazei de mim, um instrumento de vossa paz”.

Campanha da Fraternidade – A Campanha da Fraternidade teve início no Nordeste, no início da década de 1960, e foi encampada pela Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) em 1962, sendo realizada nacionalmente, todo ano, no período da Quaresma, período de 40 dias, que se inicia na Quarta-Feira de Cinzas, logo após o carnaval, no qual a Igreja Católica convida os fiéis a praticar oração, jejum e penitência e também conclama a sociedade a refletir sobre temas de extrema relevância social.