17/05/2018 16h36


Quais os critérios usados para priorização de atendimento nas unidades pré-hospitalares de Sorocaba? Esta é a pergunta central de um requerimento enviado ao Executivo pelo vereador Péricles Régis (MDB). Diante das sucessivas reclamações de demora excessiva por atendimento, o vereador questiona se o chamado “Protocolo de Manchester”, que deveria garantir as consultas em um tempo aceitável, está sendo aplicado nas unidades do município.

Péricles afirma que o critério de atendimento gera dúvidas na população. Ele relata o depoimento de uma munícipe que lhe enviou queixa através de uma rede social. “No dia 14 de maio estive na UPH da General Carneiro pois minha bebê de 11 meses apresentava-se com febre de 38.9ºC. Cheguei às 15h32 (anotada na minha guia) e aguardei. Fomos atendidas somente às 20h40 e isso somente porque reclamei por duas vezes”, relata no texto. Segundo a denunciante, sua filha recebeu o selo verde, que preconizaria um atendimento em até 4 horas. “Essa mulher foi orientada pelos próprios funcionários a reclamar junto à Ouvidoria, mas o sentimento é de que as reclamações se acumulam sem que uma solução seja dada”, afirma Péricles. “Uma outra reclamação constante é de que a Ouvidoria atende apenas em horário comercial, quando a expectativa é de que ela funcione em esquema 24 horas e dê resposta rápida a reclamações pontuais, como a demora excessiva por atendimento em alguma determinada unidade”.

Em seu requerimento, Péricles quer informações sobre o novo sistema de classificação de risco, denominado Protocolo de Manchester, anunciado para as três UPHs e Unidade Mista do Parque Laranjeiras em setembro do ano passado. Pelo protocolo, a triagem passaria a ser feita por profissional de enfermagem com a devida capacitação, otimizando necessidades emergenciais. Ultrapassado o tempo previsto sem que o atendimento aconteça, o protocolo prevê a reavaliação do paciente, que pode ser reclassificado caso haja agravamento. “Queremos entender se isso está sendo aplicado, pois os pacientes relatam uma única triagem, seguida de horas de espera”, relata Péricle s, que destaca que o protocolo é mundialmente considerado como padrão de qualidade, pois garante um cuidado individualizado e possibilita uma previsão realista sobre o tempo de espera.

O vereador ressalta que neste ambiente de enfermidade e ineficiência, são os funcionários que sofrem a pressão da população. “Ninguém está feliz doente. E esse cenário de demora colabora para que os ânimos fiquem exaltados. As equipes se tornam alvo da revolta popular, que reclama com toda razão”.

(Assessoria de imprensa – vereador Péricles Régis – MDB)