Presidente da Câmara Municipal, Renan Santos (PCdoB), e prefeito Rodrigo Manga (DEM) encaminharão ofício ao Governo do Estado e devem se reunir com secretário estadual da Saúde no início da próxima semana
O presidente da Câmara Municipal, vereador Renan Santos (PCdoB), e o prefeito Rodrigo Manga (DEM) irão cobrar do Governo do Estado o aumento da cota para coletas de sangue de doares de medula óssea em Sorocaba. O anúncio foi feito em reunião na tarde desta quinta-feira, 30, na Prefeitura, quando apresentaram um ofício com essa reivindicação que será encaminhado ao governo estadual.
O encontro teve participação do sorocabano Thiago Wilfer – que tem leucemia e cujo caso sensibilizou grande número de pessoas dispostas a se cadastrar para doação na cidade –, seus familiares, representantes do Rotary Club de Sorocaba e de grupos de doadores. Na ocasião, foi recebida a informação de que o secretário estadual da Saúde, Marco Antonio Zago, se dispôs a se reunir no início da próxima semana (com dia ainda a ser confirmado) com o prefeito de Sorocaba, vereadores e a família de Thiago Wilfer para tratar do assunto.
Conforme determinação estadual, Sorocaba tem um limite de 200 coletas por mês para novos doadores de medula óssea. Essa restrição, muito desproporcional à população da cidade, gerou muitas reclamações de pessoas que gostariam de colaborar, mas não conseguem. “O caso Thiago, como ficou conhecido, trouxe a nós a noção de que o Estado deixa a desejar, não conhece a realidade da nossa cidade, e por isso vamos cobrar providências urgentes em relação ao número de coletas”, disse Rodrigo Manga.
O prefeito de Sorocaba destacou também a disparidade de cotas de coleta liberadas para outras cidades do Estado, com população similar e até menor que Sorocaba, mas com uma capacidade de atendimento maior. Manga apontou como exemplo o caso do Hemonúcleo de Ribeirão Preto, que tem 1.500 cotas de coleta de sangue autorizadas por mês. “Precisamos que o governo estadual pense em um remanejamento dessas cotas”, afirmou.
Renan Santos ressaltou a importância do assunto ser trabalhado politicamente. “Esse caso foi levado para o Ministério Público, mas sabemos que a Justiça é morosa, então iniciamos uma ação política e iremos cobrar uma ação imediata dos gestores que têm condições de realizar o aumento das coletas”.