18/02/2019 23h01

Presidindo a sessão, o também presidente da Casa, vereador Fernando Dini falou da importância do serviço de atendimento da UPH na Zona Leste

 

Foi realizada na noite desta segunda-feira, 18, no plenário da Câmara Municipal de Sorocaba, audiência pública que discutiu o convênio entre a Prefeitura Municipal e o Banco de Olhos de Sorocaba para a estruturação, operacionalização e gerenciamento da Unidade Pré-Hospitalar da Zona Leste, por iniciativa do presidente da Casa, vereador Fernando Dini (MDB), juntamente com os vereadores Silvano Júnior (PV), Wanderley Diogo (PRP) e Hudson Pessini (MDB). Também estiveram presentes os vereadores Fausto Peres (Podemos), João Donizete (PSDB) e Renan Santos (PC do B). 

A audiência contou ainda com a presença do chefe do gabinete do Poder Executivo, Carlos Henrique Mendonça, representando o prefeito José Crespo, e da assessora da diretoria do BOS, Jussara Cristina de Oliveira Souza. Acompanharam os trabalhos representantes de associações de bairros Jardim Presentes de Barros, Colorau, Vila Haro, Cajuru do Sul e Vila Hortência, além de Milton Sanches, presidente do Conselho Municipal de Saúde.

Presidindo a sessão, o também presidente da Casa, vereador Fernando Dini falou da importância do serviço de atendimento da UPH na Zona Leste que conta com 33 bairros, com característica de ser habitada, em sua maioria, por idosos e crianças. "A população clama por serviço de qualidade e que o atendimento na UPH Zona Leste não deixe de ser oferecido. Não é só a voz dos vereador mas da população que clama pela continuidade do atendimento, não podemos retroceder", explicou o vereador.

O vereador Hudson Pessini lembrou que não é a primeira vez que tratam do assunto do fechamento da UPH Zona Leste. "Passam meses, passa ano e esse impasse continua. A UPH atende pessoas de outros bairros distantes e até mesmo de outras cidades, e faz isso com dignidade no atendimento. Me entristece ver todas essas pessoas aqui, buscando uma solução e ter a ausência de responsáveis,  principalmente a secretária de saúde", enfatizou ele.

O vereador Wanderley Diogo ressaltou a ausência da secretária de saúde. "Saio daqui com indignação, porque hoje era o dia  da secretária estar aqui, discutindo essa questão de tão grande importância. Deixo bem claro que não vamos abaixar a cabeça."

O vereador João Donizete contou que tem acompanhado moradores, associações de amigos de bairros, que lutam para a permanência da unidade de saúde e enfatizou que a Prefeitura tem que dar uma posição definitiva. "Sabemos das dificuldades que envolvem inclusive a legislação, mas a população não pode sair perdendo", afirmou. O vereador Fausto Peres também disse que quer informações definitivas da Prefeitura e que a população tem o apoio dele para a continuidade do atendimento na Zona Leste. "Não podemos permitir o retrocesso na saúde da nossa  cidade, a população pode contar comigo nesta luta."

Renan Santos lembrou que acompanha  de perto a questão, desde que foi presidente da Comissão de Saúde da Câmara. "O problema é fácil de resolver, mas é preciso querer. Se fechar qualquer unidade de saúde, vai ser um caos na nossa cidade.  O vereador Silvano Júnior acrescentou que o atendimento do BOS é o melhor que tem na cidade. "Só ouvimos elegios, a população vai de toda a cidade para a UPH Zona Leste, vamos lutar até o fim", enfatizou.  

O CONVÊNIO  – A assessora da diretoria do BOS, Jussara Cristina de Oliveira Souza explanou sobre o serviço prestado pela Organização Social desde 2014. "O contrato vigente entre a Prefeitura e o BOS venceu em 14 de janeiro deste ano e foi prorrogado por quatro meses até o dia 15 de maio próximo, depois de várias prorrogações emergenciais. Nesse tempo, a vida de todos os envolvidos, entre eles os 280 funcionários do BOS virou no avesso, com a insegurança de ficarem desempregados. Continuamos trabalhando e atendendo com humanização aos pacientes, mesmo sem informações concretas e com uma dívida da Prefeitura com o BOS, que ultrapassa R$ 13 milhões. Continuamos aguardando uma posição da Prefeitura para saber para onde encaminhar a população que nos procura", desabafou ela.

O representante da Prefeitura, Carlos Henrique Mendonça, se ateve a afirmar somente que a UPH não vai fechar, de acordo com palavras do prefeito José Crespo, mas não soube dizer como nem onde seria o funcionamento da UPH Zona Leste a partir de maio.

Ao final da audiência pública, ficou acordado entre os vereadores que seria criada uma Frente Parlamentar para tratar com o prefeito sobre o destino da UPH Zona Leste. "A Frente Parlamentar será criada na sessão ordinária desta terça-feira e iremos marcar reunião com o prefeito para levar os encaminhamentos definidos na audiência, como a possibilidade de alteração de lei que dá condições da continuidade do trabalho do BOS. Vamos continuar lutando para que o atendimento seja continuado na Zona Leste", concluiu o presidente da Câmara.