Em depoimentos prestados na tarde desta terça-feira, 13, na Câmara Municipal, coordenadoras dos Centros de Referência de Assistência Social (Cras) e Centros de Referência Especializados de Assistência Social (Creas) de Sorocaba confirmaram à CPI do Acolhimento ao Menor déficit de funcionários e deficiências estruturais para realização dos respectivos trabalhos das unidades.
Foram ouvidas pelo presidente da CPI, Rodrigo Manga (DEM), pela relatora Fernanda Garcia (PSOL) e pelo vereador Luis Santos (Pros), membro da comissão, três representantes dos Cras de Sorocaba e duas representantes dos Creas. Também convocada para depor, a coordenadora da unidade do Creas Sul Leste não compareceu à oitiva.
Em relação aos Cras, a maior queixa das depoentes foi em relação ao déficit no corpo técnico de atendimento às famílias, principalmente assistentes sociais e psicólogos. Também foi apontado que cada unidade tem à disposição um veículo apenas a cada quinze dias.
O problema com veículos, segundo as depoentes, também prejudica o trabalho dos Creas, que dispõem de um carro uma vez por semana. As coordenadoras também se queixaram da falta de advogados nas unidades.
Após as oitivas, o vereador Rodrigo Manga ressaltou a importância da CPI ouvir representantes de toda a rede de assistência do município, a fim de investigar denúncias de violência sofrida por crianças e adolescentes acolhidos pelo Poder Público. “A comissão está colhendo as informações necessárias para entender como está estruturado o atendimento e apontar em nosso relatório final os erros que levaram as crianças a serem violentadas e o que precisa ser feito para evitar que casos como esses voltem a ocorrer”.
Na próxima terça-feira, dia 20 de agosto, às 14h, serão ouvidos pela comissão representantes do Conselho Municipal de Assistência Social e do Conselho Municipal da Criança e do Adolescente.