Problemas com o fornecimento de Sertralina vêm sendo denunciados pelo vereador desde junho. Dos quase 900 mil compridos previstos em contrato, Sorocaba recebeu pouco mais de 300 mil.
Cinco mil pacientes por mês em Sorocaba dependem do Cloridrato de Sertralina (substância ativa) fornecido pela saúde pública para o tratamento de sintomas de depressão, ansiedade, além de transtornos do pânico, transtornos obsessivos compulsivos, fobia social e outros. Entretanto, a saúde mental de todos esses munícipes está sendo negligenciada pelo Poder Público e deve continuar, ao menos no início de setembro. Até o momento, o município recebeu apenas um terço dos comprimidos previstos em contato.
“Estamos denunciando a falta do medicamento desde junho, quando pessoas me procuraram informando que ao solicitar retirada da medicação na Policlínica para a continuidade do tratamento, eram informadas que ele estava em falta na unidade de saúde. O mesmo aconteceu nos Centros de Atenção Psicossocial (Caps)”, explica o vereador Péricles Régis (MDB), que já apresentou três requerimentos sobre o assunto.
Na primeira ocasião, em julho, a resposta do requerimento informava que apesar de um período de interrupção, o fornecimento do medicamento estava normalizado. Ao repassar essa devolutiva da Secretária da Saúde aos munícipes, Péricles voltou a receber denúncias, falando que a resposta da propositura não condizia com a realidade dos dispensários. “Postei a devolutiva do requerimento em minhas redes sociais e recebi comentários de vários pacientes que se queixam do medicamento continuar em falta na Policlínica, unidade médica responsável pela dispensação de todos os medicamentos psicotrópicos no município”, diz Péricles.
Em seguida, o parlamentar reiterou os questionamentos ao Executivo e a nova resposta foi que atualmente não há disponibilidade do medicamento em estoque, devido a atrasos do fornecedor. O contrato assinado para restabelecimento da medicação no município teve emissão autorizada de 899.640 compridos, mas a entrega foi de somente 309.680, ou seja, ainda está pendente uma entrega de mais de 500 mil compridos. Por mês, Sorocaba tem uma média de dispensação de 250 mil desse comprimido.
“É triste ver isso acontecendo na cidade, jovens e adultos com seus tratamentos interrompidos pela falta de gestão na saúde. Isso tem impacto direto não somente na saúde mental e física dessas pessoas, mas também em sua vida social, atrapalhando trabalho e escola, por exemplo”, lamenta o vereador.
Ainda em resposta, a Prefeitura informou que houve contato telefônico com o laboratório fabricante e a previsão é que a situação seja normalizada a partir de 6 de setembro.
Péricles seguirá acompanhando o assunto e pretende se reunir com a equipe de saúde para entender mais sobre os entraves do fornecimento do remédio à população.
(Assessoria de imprensa – vereador Péricles Régis – MDB)