O vereador solicita providências urgentes da Prefeitura, Ministério Público, Cetesb, Daae e Saae em relação às pás eólicas
As pás eólicas abandonadas na Zona Industrial, que têm sido foco de incêndios desde novembro do ano passado, motivaram o vereador João Donizeti Silvestre (PSDB) a recorrer a diversos órgãos públicos solicitando providências urgentes para sanar o problema ambiental causado pelo abandono dos equipamentos. “O agravamento do problema ocorreu em 7 de agosto deste ano, quando teve início um novo foco de incêndio no local das pás eólicas, que perdurou por sete dias, atingindo toda a Zona Industrial e provocando diversos problemas respiratórios na população”, afirma o vereador.
João Donizeti define o problema como “tragédia anunciada”, uma vez que a primeira denúncia sobre a situação das pás eólicas, abandonadas pela empresa Tecsis na Zona Industrial, ocorreu há praticamente um ano, em reportagem do jornal Cruzeiro do Sul, datada de 13 de setembro do ano passado. “Naquele mesmo mês, formalizei denúncia aos órgãos públicos competentes, inclusive o Ministério Público, solicitando providências urgentes, pois aquelas pás abandonadas representam um risco para o meio ambiente”, lembra o parlamentar.
Formadas por ferragem, madeira, tecido, fibra de vidro e metais pesados, e somando cerca de 13 toneladas cada uma, as pás eólicas estão abandonadas em três áreas localizadas na bacia do Córrego dos Ferraz, que abastece a ETA (Estação de Tratamento de Água) do Éden. “A Secretaria do Meio Ambiente chegou a realizar uma vistoria no local, em meados do mês, quando se verificou o risco iminente de contaminação do manancial do Ferraz, que garante o abastecimento de água de mais de 100 mil habitantes do Éden e Cajuru”, alerta João Donizeti.
Em face disso, o vereador apresentou novo requerimento na Câmara Municipal, já aprovado na Casa, em que solicita providências de quatro órgãos públicos em relação ao problema das pás eólicas abandonadas: Prefeitura Municipal, Ministério Público, Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo) e DAEE (Departamento de Águas e Energia Elétrica).
Entre as medidas cobradas, com urgência, por João Donizeti estão ações de fiscalização e possíveis penalidades administrativas por parte da Prefeitura Municipal, Cetesb e Daae, em relação à empresa Tecsis, além da possibilidade de abertura de ação civil pública por parte do Ministério Público. O vereador também solicita ao Saae (Serviço Autônomo de Água e Esgoto) a avaliação do possível risco de contaminação no manancial.