A Comissão, presidida por Rodrigo Manga e que tem a também vereadora Fernanda Garcia como relatora, nesta quinta-feira (10) apresentou detalhes da peça durante a sessão ordinária da Câmara de Sorocaba. À tarde, o documento completo foi protocolado no MP e o relatório final, na Prefeitura de Sorocaba
A
Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Acolhimento ao Menor, presidida pelo
vereador Rodrigo Manga (DEM), encerrou os trabalhos nesta quinta-feira (10).
Pela manhã, detalhes do relatório final foram lidos pela relatora da CPI, a
também vereadora Fernanda Garcia (PSOL), na sessão ordinária da Câmara. À
tarde, os dois integrantes do Legislativo protocolaram no Ministério Público o
processo completo da ‘CPI do Menor’. Já na Prefeitura, foi entregue apenas o
relatório final.
Os
autos da CPI totalizaram 1.059 folhas, constando relatórios e demais
documentos. As oitivas foram compiladas em 17 CDs, também entregues ao MP.
“Foram
90 dias de trabalho e identificamos muitas irregularidades e estamos fazendo
recomendações. E tem o fato de que ficou constatado abuso entre menores de
idade acolhidos numa das entidades, que teve seus acolhidos transferidos para
outra instituição, ainda durante os trabalhos da CPI”, sintetiza Manga.
“A CPI teve o trabalho árduo (...) Conseguimos, através das
oitivas e visitas a alguns locais, diagnosticar uma série de problemas
envolvendo toda a rede de atenção social e acolhimento infanto-juvenil de Sorocaba”,
complementa Fernanda.
Recomendações
–
Algumas ações são apontadas no relatório final como necessárias para
implementar uma melhor prestação de serviços pelo Poder Público quanto à
proteção de crianças e jovens acolhidos. Por exemplo: a Administração Municipal
tem sido omissa na fiscalização de serviço terceirizado, hoje prestado
indiretamente, por meio de entidades civis; alteração da localização do Creas
Sul/Leste; viabilizar os serviços de República para Jovens, de Residência
Inclusiva e de Famílias Acolhedoras; atendimento em regime de Plantão nos CAPS
Infantojuvenil e o preenchimento de cargos vagos nas equipes profissionais que
compõe os CRAS e CREAS.
“A
CPI tem um limite de atuação. Não poderíamos agir como polícia. O objetivo
dessa ação fiscalizadora foi alertar as autoridades e o Poder Público sobre as
precariedades na rede de acolhimento, bem como apontar falhas para serem
resolvidas”, frisa Manga.
A
investigação deu-se por meio da colheita de provas orais, bem como outras
trazidas e juntadas aos autos, como respostas de ofícios, cartas e outros
documentos levantados em diligência realizada pela CPI às entidades de
acolhimento, no curso de seus trabalhos. Ao todo foram cinco rodadas de oitivas
e mais de 25 pessoas ouvidas
Prazo
-
A ‘CPI do Menor’ iniciou os trabalhos no dia 2 de julho, com prazo total de 90
dias para concluir a ação e apresentar o relatório final em plenário. O prazo
vence exatamente neste dia 10 de outubro, pois houve suspensão dos trabalhos da
CPI durante o recesso de julho. Ou seja, a conclusão da ‘CPI do Menor’ ocorreu
dentro do prazo.
A
abertura da CPI do Acolhimento ao Menor foi instaurada depois de o vereador
Rodrigo Manga receber denúncias anônimas e comprová-las, de que crianças
acolhidas pelo Poder Público, por conta de maus tratos em suas casas e que
deveriam receber proteção, sofriam violência dentro das próprias entidades.
Havia denúncias de abuso sexual entre menores atendidos, consumo de drogas,
fugas, algazarras e brigas, além de falta de estrutura e pessoal nas unidades
públicas que atuam nessa área.
Além de Manga, que foi o proponente da CPI, e da relatora Fernanda Garcia (PSOL), a comissão foi também formada pelos vereadores Francisco França (PT), Hudson Pessini (MDB), Iara Bernardi (PT), Irineu Toledo (PRB), João Donizeti (PSDB), Luís Santos (PROS), Péricles Régis (MDB), Renan Santos (PCdoB), Silvano Júnior (PV) e Wanderley Diogo (PRP).
(Assessoria de Imprensa – Vereador Rodrigo Manga/DEM)