A prefeita Jaqueline Coutinho, acompanhada de parte de seu secretariado, esteve na Câmara, durante a sessão ordinária desta quinta-feira, 7, para apresentar aos parlamentares os atuais débitos da Secretaria Municipal de Saúde com as prestadoras de serviço. A visita aconteceu após o envio de ofício do presidente da irmandade que administra a Santa Casa de Misericórdia, padre Flávio Jorge Miguel Júnior, aos vereadores denunciando as dificuldades financeiras enfrentadas pelo hospital.
Segundo a prefeita Jaqueline, a dotação inicial da Saúde para 2019, prevista em R$ 588 milhões, já foi suplementada em R$ 43 milhões, sendo que R$ 472 milhões do total do novo orçamento já foi executado, restando ainda uma reserva de R$ 16 milhões. “Vejam que foi suplementado, em muito, o que estava previsto na LOA 2019, que foi elaborada em 2018”, disse.
A prefeita assumiu que a Prefeitura possui débitos recorrentes com prestadores e fornecedores da Saúde, que somam hoje R$ 6,177 milhões. Sem apontar culpados, Jaqueline disse que a atual administração não pode ser responsabilizada. Os principais prestadores do Município atualmente são o Gpaci, Hospital Santa Lucinda, UPH Zona Leste, Upa do Éden, Diretrizes e Santa Casa.
“Estes gastos estão sendo pagos, não mais com fonte um, ou fonte originalmente do tesouro municipal, pois já estamos em uma suplementação de mais R$ 50 milhões e para honrar nossos compromissos estamos usando as receitas que entram semanalmente em nosso caixa”, ressaltou, lembrando que não há preferência de pagamentos, que são realizados em sequência. “Os pagamentos serão sim honrados, mas dentro de um cronograma de receitas que entram em nosso caixa”, frisou.
A prefeita também ressaltou que estão sendo adotadas todas as medidas para resolver os problemas financeiros da Prefeitura. Disse ainda que não teme qualquer tipo de fiscalização, pois as ações da atual administração passam pelo crivo técnico e da legalidade. Por fim, a prefeita reforçou a importância da parceria com os vereadores na busca por soluções. O presidente Fernando Dini (MDB) sugeriu que a prefeita esteja no Legislativo com mais frequência para ampliar esta parceria. “Precisamos manter o diálogo e construir pontes. Não podemos ficar sabendo dos assuntos pela imprensa”, afirmou.