Projeto recebeu parecer constitucional e irá à discussão em plenário em breve
A reunião da Comissão de
Justiça da Câmara, realizada na manhã desta segunda-feira (9/12), discutiu a
constitucionalidade de um Projeto de Lei que irá a plenário em breve e que
obriga fornecedores a fixarem, antes da contratação, o dia e período para a
conclusão dos serviços ou entrega dos bens vendidos ao fornecedor. Pela
proposta, se um consumidor contratar o serviço e o prazo de conclusão não for
respeitado pelo fornecedor, o munícipe terá direito a receber o valor pago de
forma integral em até 24 horas. A Comissão de Justiça não apontou qualquer
ilegalidade no projeto.
A iniciativa prevê que uma
vez escolhida a data de entrega do produto ou realização do serviço, cabe ao
consumidor escolher umas das opções de turno oferecidas, sendo o turno da manhã
compreendido no período entre 7h e 11h, o turno da tarde entre 12h e 18h e o
turno da noite das 19h às 23h. Pelo texto do Projeto de Lei, o fornecedor fica
encarregado de entregar ao consumidor um documento por escrito onde deve
constar o prazo de conclusão do serviço ou entrega do produto comprado. No caso
de comércio à distância ou não presencial, como acontece com as lojas da
internet, o documento deverá ser enviado ao consumidor por meio de mensagem
eletrônica ou correio.
O descumprimento da
determinação sujeitará o infrator às sanções administrativas previstas no
Código de Defesa do Consumidor. A proposta também prevê que no caso de
descumprimento de prazo o consumidor terá direito a ser ressarcido em até 24
horas após estourado o prazo de entrega originalmente combinado. A expectativa
é que o projeto seja discutido em plenário apenas após o recesso parlamentar,
que se inicia depois da sessão desta quinta-feira (12/12).
A Comissão de Justiça
debateu ainda os pareceres de outros 11 projetos de lei que entrarão em debate
na Câmara de Sorocaba. Um deles, de autoria da Frente Parlamentar em Defesa da
Vida e da Família, promete polêmica à vista, com a criação da Semana de Conscientização
contra o Aborto. O projeto prevê a realização, durante todo o mês de agosto, de
palestras, seminários, campanhas, mobilizações e outras atividades que permitam
estimular e sensibilizar a população acerca do direto à vida e implicações do aborto,
sobretudo visando impactar nos indicadores de abortos realizados de forma
clandestina.
O tema aborto já gerou
discussões acaloradas em plenário ao ser tratado anteriormente. Em sua
justificativa, o projeto defende que “o
aborto provocado é um evento associado a grande sofrimento psicológico
para as mulheres e a graves consequências para o feto e para a saúde da
mulher”. A proposta também recebeu parecer de constitucionalidade por parte da
Comissão de Justiça.
A CJ reúne-se para debater
os próximos projetos que serão debatidos pela Câmara sempre nas manhãs de
segunda-feira, às 10 horas, na sala de reuniões. Os encontros são abertos a
toda a imprensa.