Em resposta a requerimento do vereador, Governo afirma que cogita dois locais para prédio, mas não tem sequer um cronograma
No que depender do governo municipal, a novela envolvendo uma saída para a ultrapassada rodoviária central de Sorocaba não tem perspectiva de um fim próximo. Em resposta a um requerimento feito pela Câmara de Sorocaba no ano passado, o Executivo informava que estava aguardando a conclusão de um estudo de viabilidade que seria imprescindível para a continuidade do projeto de construção de uma nova rodoviária, porém agora, ao ser novamente questionada pelo vereador Péricles Régis (MDB), a Prefeitura informa que a realização do estudo não foi iniciada e sequer está nos planos da municipalidade. A informação vai na contramão dos anseios de comerciantes, moradores e usuários da decadente atual rodoviária.
Em resposta ao mais recente requerimento do vereador Péricles sobre o assunto, o Executivo salienta que foram cogitadas duas áreas para a nova rodoviária, sendo uma na região do Jardim Novo Eldorado, próximo à rodovia Celso Charuri, e a mais amplamente divulgada no prédio da antiga Gerdau, na rua Padre Madureira, próximo à avenida Dom Aguirre. Isso porque ambas opções reuniriam condições para que a rodoviária se tornasse um complexo de integração entre o BRT, ônibus intermunicipais e trens de passageiros.
Apesar do antigo governo ter informado anteriormente que havia um estudo em andamento, a nova resposta informa que “em ambos os casos, os estudos técnicos necessários para a análise da viabilidade dependem de decisões administrativas que passam desde a definição das prioridades até a indicação da disponibilidade financeira, questões a serem avaliadas em momento oportuno”.
Para Péricles, a informação anterior sobre a construção da nova rodoviária no prédio da Gerdau não passou de “cortina de fumaça”. “Sorocaba tem um problema chamado rodoviária. Atualmente ela não possui estrutura para os usuários, está deteriorada, os motoristas não conseguem encontrar lugar para embarque e desembarque, enfim, é um deprimente cartão de visitas da cidade”, protesta o vereador. Na resposta do requerimento, o Executivo informa ainda que o estudo que havia sido mencionado anteriormente era preliminar e se limitou apenas a apontar os dois possíveis locais, sem chegar a analisar os impactos ambientais da instalação de uma rodoviária nesses locais.
O impasse é ainda maior se especulada a possibilidade de uma reforma total para a atual rodoviária. Ao ser perguntado por Péricles se há planos de revitalização da atual edificação, construída na década de 1970, o governo é taxativo ao informar que não há planos para recuperá-la. Recentemente Péricles levantou a informação de que só com tarifas de embarque a rodoviária levanta para o município cerca de R$ 350 mil ao mês, dinheiro que é usado atualmente apenas para troca de lâmpadas, consertos hidráulicos, entre outros. “Ou seja, a população de Sorocaba e visitantes da cidade seguem com nada numa mão, nada na outra, sem qualquer perspectiva de solução desse quadro. Se antes parecia haver uma luz no fim do túnel, agora está mais caracterizada como uma promessa que pode jamais tornar-se realidade”, conclui o parlamentar.
(Assessoria de imprensa – vereador Péricles Régis – MDB)