O gerente comercial e o advogado da entidade, Mário Marcos Moreira e João Luiz Wall, concederam entrevista à TV Câmara
O gerente comercial da Associação Comercial de Sorocaba, Mário Marcos Moreira, e o advogado da entidade, João Luiz Wall, concederam entrevista à TV Câmara (também transmitida pela Rádio Câmara), na manhã de sábado, 28, em que discorreram sobre os impactos da pandemia do coronavírus no comércio da cidade. Fundada em 1922, a Associação Comercial de Sorocaba é presidida pelo empresário Sérgio Reze e conta com mais de 2.400 associados.
“A Associação Comercial de Sorocaba tem o posicionamento claro de seguir as orientações da Organização Mundial de Saúde e do poder público”, enfatizou Mário Marcos Moreira. O advogado da entidade, João Luiz Wall, acrescentou que, em relação às normas a serem seguidas pelo comércio, prevalecem os decretos baixados pelo Governo do Estado e pela Prefeitura de Sorocaba, que são similares. “Entretanto, o do Estado determina que só devem funcionar atividades essenciais e, nesse ponto, é o decreto do Estado que prevalece”, explicou, acrescentando que, nessa matéria, nem mesmo um decreto federal pode prevalecer, a princípio, sobre o decreto estadual.
Diálogo – Concordando com o questionamento de uma ouvinte, o advogado da entidade defendeu o modelo de combate à pandemia adotado pela Coréia do Sul, que se baseou na realização do maior número de testes para detectar coronavírus e, a partir daí, estabeleceu critérios de isolamento e circulação de pessoas. Por sua vez, o gerente comercial da associação observou que as variáveis envolvendo a prevenção e o combate à pandemia são inúmeras e se mostram com resultados também diferentes, dependendo de cada país. Ele disse acreditar que, no Brasil, o comportamento da pandemia possa ser diferente.
Mário Marcos Moreira observou que a Associação Comercial de Sorocaba integra a Facesp (Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo), que congrega mais de 400 associações em todo o Estado e, com base nessa capilaridade da associação, “que vivencia a realidade dos mais diversos municípios”, tem dialogado também com o poder público em Sorocaba, por intermédio de seu presidente Sérgio Reze e demais membros de sua diretoria.
“Pedimos ao poder público municipal que postergue o pagamento das dívidas de IPTU e ISSQN e que o Saae cobre uma taxa mínima, nesse momento, e evite o corte de água para os comerciantes”, explicou João Luiz Wall. O advogado da associação observou que a crise começou na saúde, mas também terá um impacto econômico avassalador, exigindo a colaboração de todos.
Wall defendeu a importância do isolamento social nesse momento, mas disse que, superada essa fase, é preciso pensar formas mistas de gestão da crise. “Hoje discute-se essa dicotomia: a vida ou a circulação de riquezas? Mas uma coisa não se opõe necessariamente a outra. Precisamos criar uma sinergia para que essas duas situações coexistam”, afirmou. O advogado disse ainda que a crise vai provocar uma avalanche de ações na Justiça suscitadas entre particulares e que não estão previstas nos decretos governamentais.
Os diretores da entidade observaram que a Associação Comercial de Sorocaba, em que pese não estar atendendo presencialmente nesse momento devido à pandemia, essa aberta aos associados, através de seus canais virtuais e telefônicos, para sanar dúvidas em relação à crise. A entrevista foi transmitida ao vivo pela TV Câmara e Rádio Câmara e poderá ser vista na íntegra no portal e nas redes sociais da Casa.