Em entrevista à Rádio Câmara, Thaís Buti ressaltou a importância da população se manter alerta no combate aos focos do mosquito. Equipes continuam com visitas domiciliares durante a pandemia do Covid-19, mas apenas em áreas externas
A coordenadora técnica da divisão de zoonoses da Prefeitura, Thaís Buti, concedeu entrevista na manhã desta sexta-feira, 3, à Rádio Câmara, para falar sobre a epidemia de dengue em Sorocaba. A cidade registra mais de mil casos.
“Nesse momento estamos focados no combate à dengue. Há uma epidemia na cidade, com mais de mil casos, e isso tende a aumentar porque o pico natural de transmissão da dengue é mesmo entre março e abril. A diminuição vem com o frio”, afirmou.
Thaís reforçou que as equipes precisaram adequar as ações de prevenção à dengue, devido a pandemia do coronavírus, sempre de acordo com as diretrizes do Ministério da Saúde, sendo que as visitas domiciliares foram mantidas, porém apenas na área externa das residências.
“Não estamos entrando dentro do imóvel, para evitar a transmissão do coronavírus, então estamos fazendo a vistoria na área externa, como garagem, quintal, e a pessoa não precisa, necessariamente, nos acompanhar. A gente faz a remoção dos criadouros e coloca o larvecida”, afirmou.
A zoonoses também continua com a nebulização de imóveis ao redor de casos confirmados de dengue, conhecido como “fumasse”, assim como os arrastões. “Só nesse ano de 2020 já removemos mais de 180 toneladas de criadouros do mosquito e já visitamos mais 90 mil imóveis. Portanto, não podemos interromper esse trabalho, pois estamos em uma epidemia e a dengue também mata”, frisou
De acordo com a coordenadora, neste ano foram confirmados oito casos de Chicungunha e ainda não há casos de Zica na cidade. Sobre a concentração de dengue no município, informou que há grande número de casos na área de abrangência da UBS do Jardim Rodrigo, na Zona Norte, assim como regiões do Wanel Ville, São Bento, Vila Angélica e Nova Esperança. “São áreas mais populosas. Onde tem mais gente tem mais casos, porque mosquito há na cidade inteira”, afirmou.
A coordenara lembrou que a divisão zoonoses trabalha com doenças transmitidas dos animais para os humanos, assim como os vetores, como raiva, leishmaniose, leptospirose, febre maculosa. Já a vigilância epidemiológica, outra divisão, recebe notificações de doenças – casos suspeitos ou confirmados – seja de Covid-19, como outras doenças, incluindo a própria dengue, e também meningite e sarampo, por exemplo.
“Reparamos que agora, que só se fala em coronavírus, as pessoas se esqueceram um pouco da dengue, sim, mas, o número de casos é muito maior. Claro que o coronavírus é preocupante, é perigoso sim, mas não se esqueçam que a dengue também é. Aproveite esse momento de quarentena, que precisa ficar em casa, para vistoriar seu imóvel, ver se não há água parada em seu quintal”, finalizou.
A entrevista da coordenadora da divisão de zoonoses foi transmitida ao vivo, simultaneamente, pela TV Câmara e já pode ser vista na íntegra no portal da Câmara Municipal de Sorocaba e nas redes sociais.