16/04/2020 16h08
atualizado em: 16/04/2020 16h14
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Sandra Vergilli e Carla Acquaviva destacaram na TV Câmara a importância da comunicação e do comércio virtual para as empresas

Os impactos da pandemia de coronavírus nos negócios e na comunicação das empresas foram tema da entrevista concedida à TV Câmara, nesta quinta-feira, 16, pela jornalista Sandra Vergilli, administradora de Marketing, com especialização em Relações Públicas e Gerenciamento de Crise, e Carla Acquaviva, gestora de Marketing e Negócios. A entrevista também foi transmitida pela Rádio Câmara e ficará disponível nas redes sociais do Legislativo.

Sandra Vergilli afirmou que o mundo vive uma situação ímpar, sem parâmetro na história moderna. “Mesmo em períodos de guerra, se sabe quem é o inimigo; no caso do Brasil, nem tivemos guerras na história recente. Então, não sabemos como agir. A maioria dos empresários, principalmente nas áreas de comércio e serviços, fechou as portas e sumiu. Ninguém estava preparado para uma pandemia, mas poderiam estar preparados para a mídia digital”, afirmou, ressaltando a importância da comunicação e do comércio virtual para o mundo dos negócios.

“O brasileiro, em geral, não está acostumado a lidar com crises. Estamos acostumados a lidar com crises econômicas pontuais, mas o Brasil nunca passou por uma guerra”, afirmou, por sua vez, Carla Acquaviva, observando que muitas empresas tradicionais, como os mercados de bairro, sentiram um maior impacto do isolamento social, pelo fato de não estarem ambientadas no mundo das mídias digitais.

Sandra Vergilli observou que a tecnologia torna as ações muito mais rápidas e, com isso, no mundo contemporâneo, a relação das pessoas com o tempo mudou. “Com o fechamento das lojas físicas, muitas empresas intensificaram suas vendas na Internet, que está com uma sobrecarga nas redes”, observou, referindo a casos de lentidão da Internet que são notados por usuários em alguns momentos.

Busca de soluções – Para Sandra Vergilli, toda informação, para ser eficaz, deve vir junto com a emoção e, pensando nisso, recomendou que os empresários, nesse momento de isolamento social, já comecem a pensar sobre o que farão quando suas empresas puderem ser reabertas. “Cada um deve aproveitar esse momento para pensar e buscar soluções”, enfatizou, acrescentando que, diante de uma crise, deve-se ter cinco minutos para chorar, outros cinco para desabafar com amigos e já então partir para enfrentar a crise.

Seguindo a mesma linha de raciocínio, Carla Acquaviva observou que, nesse período de isolamento social, as empresas não foram proibidas de operar, mas apenas de abrir as portas para que não haja aglomeração no seu estabelecimento. A gestora de Marketing e Negócios citou exemplos de estratégias bem-sucedidas de empresas nesse período, como o caso de uma floricultura que vendeu flores, cobrando somente o frete e deixando o preço a cargo do próprio comprador.

As gestoras de Marketing também enfatizaram a importância de se criar uma rotina para o trabalho em casa, para evitar que esse trabalho fique dispersivo, devido aos apelos do ambiente familiar. “Para trabalhar em casa é preciso ter muita disciplina”, disse Vergilli. Por sua vez, Carla Acquaviva destacou a importância de procurar manter o oferecimento de um serviço de qualidade, mesmo nesse período de isolamento social.

Sandra Vergilli disse que os empresários devem aproveitar o momento para fazer um diagnóstico crítico de seu negócio, avaliando os pontos que podem ser melhorados, enquanto Carla Acquaviva enfatizou que, nesse momento, todos estão no mesmo barco, e é importante dialogar e negociar com as pessoas, buscando o entendimento e a ajuda mútua. Por fim, as profissionais reforçaram a importância do isolamento social e ressaltaram a necessidade de se cultivar a solidariedade para superar esse momento de crise.