04/05/2020 17h04
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Adolescentes de escolas sorocabanas, com autorização dos pais, relataram seu cotidiano durante a prevenção e combate ao coronavírus

Com autorização e acompanhamento dos pais, cinco adolescentes, alunos de escolas de Sorocaba, participaram de um bate-papo na TV Câmara, realizada na tarde de sexta-feira, 1º, Dia do Trabalhador, com o objetivo de descrever seu cotidiano durante o período de isolamento social motivado pela pandemia de coronavírus. Conversaram com o apresentador Anderson Santos os seguintes adolescentes: Júlia, 13 anos, do Colégio Politécnico; Lorena, 15 anos, do Colégio Objetivo, do Centro; Isadora, 13 anos, do Colégio Uirapuru, Maria Eduarda, 17 anos, do Colégio Anglo; e Enrico, 15 anos, do Colégio Politécnico. 

O evento foi prestigiado presencialmente pelo presidente da Casa, vereador Fernando Dini (MDB), que, no encerramento do bate-papo, usando máscara, a exemplo dos demais presentes, deixou sua mensagem para os adolescentes e telespectadores. “Todos nesta Casa de Leis, que é Casa do Povo, têm voz. Aprendemos diuturnamente com todos. Esse bate-papo com os adolescentes, com o nosso time teen, foi uma lição de prudência e responsabilidade”, afirmou Dini, enfatizando que toda a equipe da Câmara está seguindo rigorosamente as normas de higiene e distanciamento social. Os adolescentes (assim como seus acompanhantes) chegaram à Câmara usando máscara, que só foi tirada na hora de conceder a entrevista.

Durante o bate-papo, os adolescentes falaram de sua rotina e opinaram sobre diversas questões relativas à pandemia. Para Maria Eduarda, em vez de achar que a pandemia é o fim do mundo e se acomodar numa rotina de reclamações, as pessoas devem aproveitar o isolamento social para desenvolver alguma atividade, como ler um livro. Lorena, por exemplo, disse que está aproveitando o tempo para ler mais livros. Já Enrico, que é atleta de futebol, disse que está achando difícil ficar sem a rotina de treinos presenciais, enquanto Isadora relatou que conta com aulas virtuais de manhã e tarefas escolares à tarde, dedicando outra parte do tempo para ver séries e enveredar pela cozinha, aprendendo algumas receitas.

Júlia disse que, de início, “estava odiando a ideia de quarentena”, pois gosta muito de se arrumar e sair com as amigas, mas, com o passar dos dias, resolveu, por sugestão de Isadora, aprender a fazer algumas receitas, além de rearranjar seu quarto, mudando a cama de lugar. Também Enrico disse que sua mãe foi surpreendida ao abrir a porta de seu quarto e constatar que ele havia lavado arrumado e lavado o quarto inteiro, o que, no seu entender, tem sido até uma forma de distração.

Aulas virtuais – Em relação às aulas à distância que passaram ter durante a quarentena, os adolescentes são unânimes em dizer que preferem as aulas presenciais, a exemplo de Júlia: mesmo considerado as aulas virtuais uma novidade positiva, que também permite o aprendizado, ele prefere a experiência da sala de aula. Maria Eduarda, que também prefere as aulas presenciais, disse que tem conseguido estudar bastante em casa, aproveitando para se preparar com mais intensidade para o vestibular de medicina. Lorena, Isadora e Enrico disseram que o ambiente doméstico atrapalha um pouco a atenção.

Os alunos também disseram que percebem certa dificuldade de muitos professores com a tecnologia, o que resulta em desligamentos acidentais da câmara ou do microfone, relatando, ainda, que são pacientes com esses entraves e procuram colaborar com os professores. Também enumeraram o que consideram como características positivas de um bom professor, citando a capacidade de dar aulas dinâmicas, que envolvem os alunos, inclusive com uma pitada de humor, além da disposição para tirar dúvidas. 

Os adolescentes também disseram que a quarentena tende a aumentar a ansiedade e falaram de suas estratégias para lidar com esse fato, que vão de cozinhar até meditar, além de treinar futebol em casa e andar de bicicleta com máscara, no caso de Enrico. Os adolescentes também discorreram sobre seu relacionamento com os pais, que, segundo eles, é muito importante que se baseie sempre na confiança e no diálogo. Ressaltaram, ainda, que consideram muito importante os conselhos que recebem dos pais.

Mudanças sociais – Os adolescentes também acreditam que a pandemia irá provocar mudanças na sociedade, ao menos num primeiro momento, como um maior distanciamento social no início da volta às atividades. Também acreditam que a solidariedade tem sido fortalecida durante a pandemia. Disseram ainda que, apesar do carinho que sentem pelos idosos de suas respectivas famílias, estão evitando contato físico com eles, além de não descuidarem do uso de máscaras, inclusive para conceder a entrevista na TV Câmara, tendo sido tiradas apenas na hora da gravação.

No final do bate-papo, que foi encerrado pela mensagem do presidente da Casa, vereador Fernando Dini (MDB), cada um dos adolescentes deixou uma mensagem individual. Eles enfatizaram a importância de se manter em casa, cuidar das medidas de higiene e descobrir novas atividades para se manter ativo e produtivo. Isadora destacou a necessidade de se cuidar da saúde mental nesse período de isolamento. Enrico recomendou que, ao fazer compras, as pessoas prestigiem os mercadinhos de bairro. E todos os jovens foram unânimes em ressaltar a importância de se fortalecer a solidariedade entre as pessoas, ajudando o próximo.

Para assistir a íntegra do bate-papo com os adolescentes, que foi transmitido ao vivo pela TV Câmara e Rádio Câmara, basta acessar as redes sociais da Câmara Municipal no seguinte endereço eletrônico: https://youtu.be/L1AFr16hJLw.