21/05/2020 17h27
atualizado em: 21/05/2020 17h30
Facebook

Assunto foi tema de entrevista na TV Câmara, em apoio à campanha “Maio Laranja”, de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes

Como parte das ações do “Maio Laranja” e do Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, realizado anualmente no dia 18 de maio, a TV Câmara realizou na tarde desta quinta-feira, 21, entrevista com a assistente social Fabiana Corrêa e a psicóloga Valquíria Furlan, que discorreram sobre o atendimento municipal às vítimas desse tipo de violência. Por determinação do presidente da Câmara Municipal, vereador Fernando Dini (MDB), todos os meios de comunicação da Casa (rádio, TV e redes sociais) estão engajados na promoção da referida campanha.

Chefe da divisão de proteção especial da Secretaria de Cidadania (Secid), Fabiana Corrêa destacou que a política de assistência social do município conta com dois equipamentos fundamentais: o Cras, responsável por acompanhar famílias em situação de vulnerabilidade e prevenir situações de abuso sexual, e o Creas, que atende casos onde já houve violação de direito e é necessária intervenção para fortalecimento da proteção.

A entrevistada ressaltou que situações de abuso sexual ocorrem dentro ou próximo do âmbito familiar, com alguém que tem a confiança da família. “De cada 10 casos, 8 acontecem no ambiente familiar”, afirmou Corrêa. Por isso, durante a quarentena, com as escolas fechadas e as crianças não frequentando os serviços de fortalecimento de vínculos, segundo ela, houve aumento de casos. Nessas circunstâncias, de acordo com a assistente social, em caso de urgência pode ser realizado atendimento presencial de eventuais vítimas. 

A coordenadora do Creas Norte, Valquíria Furlan, explicou que denúncias são atendidas primeiramente pelo Conselho Tutelar, que faz o encaminhamento para os órgãos responsáveis pela assistência das vítimas e, caso a família não consiga garantir proteção, faz o acionamento judicial.

A psicóloga salientou que o abuso não é apenas o estupro, mas qualquer uso da criança ou adolescente como fonte de prazer para o adulto, e destacou a necessidade de atenção para o uso da internet na infância, pois se tornou um canal comum de exploração sexual. De acordo com ela, os agressores em geral usam da sedução em vez da violência, tentando fazer um pacto de silêncio com a vítima, e a situação em geral é identificada pela mãe, que deve sempre pedir apoio e orientação aos órgãos de assistência social. 

Por fim, as entrevistadas informaram os canais para denúncias: o Disque 100 (canal de denúncia de violação de direitos humanos); o Conselho Tutelar, pelo telefone (15) 3235-1212 em horário comercial; e à noite e fins de semana a Guarda Civil Municipal (153).

A entrevista teve também transmissão ao vivo pelas redes sociais da Câmara Municipal e pode ser revista na página do Facebook do Legislativo, pelo link https://www.facebook.com/camarasorocaba/videos/3526534624028099.