28/05/2020 17h30
atualizado em: 28/05/2020 17h43
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Como parte das comemorações da Semana do Tropeirismo, o jornalista e historiador Sério Coelho concedeu entrevista sobre o assunto à Rádio Câmara Sorocaba na tarde desta quinta-feira, 28. O professor falou dessa passagem histórica, que, em suas palavras, além de nossa cidade, integra a memória de todo o país.

Sérgio Coelho contou que as origens do tropeirismo remontam do uso de mulas para transporte de prata na Espanha no século 17. Essa prática foi adotada na Argentina, onde se desenvolveu uma grande criação de animais, que foram posteriormente trazidos das fronteiras do Rio Grande do Sul para Sorocaba. Aqui, então, criou-se um grande centro de comercialização de mulas, cavalos, bois, entre outros animais, para distribuir para o Brasil inteiro. “Sorocaba foi um grande centro logístico onde vendiam-se anualmente de 40 a 50 mil animais”, apontou.

O professor contou também diversas curiosidades históricas. Uma delas é sobre os símbolos do tropeirismo. “Na Festa do Tropeiro às vezes tem só cavalo, mas o principal personagem do tropeirismo é a mula. E o berrante não é som da tropa, o som da tropa é o cincerro”, explicou, referindo-se à sineta presa no pescoço dos animais para guiar e reunir as tropas.

Traçando um paralelo com o momento atual da pandemia do coronavírus, Sérgio Coelho encerrou a entrevista contando que a feira de muares terminou por causa da epidemia de febre amarela. “Por volta de 1897 a doença acabou com a feira. Morreu muita gente em Sorocaba, aí os tropeiros foram embora e nunca mais tivemos uma feira”, explicou.

A entrevista completa, transmitida ao vivo pela Rádio Câmara e pela TV Câmara (Canal 31.3; Canal 4 da NET, e Canal 9 da Vivo) pode ser assistida na página do Facebook do Legislativo pelo link https://www.facebook.com/camarasorocaba/videos/251837299384511/.