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08/06/2020 09h10
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O biólogo Maurício Tavares da Mota falou das ações de sua pasta e discutiu temas como poluição ambiental ​

Como parte das comemorações e reflexões alusivas ao Dia Mundial do Meio Ambiente, celebrado no dia 5 de junho por iniciativa da Organização das Nações Unidas, que instituiu a data em 1972, a Rádio Câmara veiculou na sexta-feira, 5, uma edição do programa Momento Sustentável com uma entrevista do secretário de Meio Ambiente e Sustentabilidade, o biólogo Maurício Tavares Mota, graduado em Ciências Biológicas pela PUC/SP, mestre em Sustentabilidade pela UFSCar (Universidade Federal de São Carlos) e doutor em Ciências Ambientais pela Unesp (Universidade do Estado de São Paulo).

A Secretaria do Meio Ambiente promoveu, no dia que celebra mundialmente o meio ambiente, o plantio de mudas ao lado do Hospital de Campanha. Foram plantadas pelos servidores do hospital dez grandes mudas na sexta-feira e, nesta semana, serão plantadas 56 mudas que irão representar as pessoas que morreram em decorrência da Covid-19. “Com esse plantio, vamos formar um bosque em homenagem às vítimas da pandemia. Esperamos que esse número não cresça”, afirma. O secretário também falou do programa “Sema Vai à Sua Casa”, uma extensão do programa “Sema Vai à Escola”, que discute, numa linguagem simples, temas como as mudanças climáticas.

Poluição do ar – O biólogo observou que, com o isolamento social motivado pelo combate à pandemia, houve uma redução na poluição do ar, observada em vários países do mundo, e antecipou que Sorocaba está concluindo o seu segundo inventário de gases de efeito estufa e os resultados preliminares indicam que a principal responsável pela emissão de poluentes atmosféricos na cidade é a frota de veículos automotores. “A ONU estima que cerca de 3 milhões de pessoas morram todos os anos no mundo em decorrência da poluição atmosférica”, afirmou.

Para Maurício Mota, o isolamento social motivado pela pandemia suscita a necessidade de repensar algumas práticas no âmbito das relações de trabalho, incentivando-se o trabalho em casa em muitas atividades em que isso é possível para evitar o deslocamento desnecessário das pessoas e, com isso, contribuindo para reduzir a poluição do ar. “A sociedade estava vivendo de um modo muito imediatista. O isolamento social obrigou as pessoas a desacelerar e a encontrar formas de dividir o afeto. Isso se refletiu até no aumento do número de adoção de animais, que pudemos constatar em nosso abrigo de animais em Sorocaba”, afirmou.

Lixo doméstico – Já entre as consequências negativas do isolamento social, o secretário de Meio Ambiente destaca a maior produção de lixo doméstico, pelo fato de as pessoas ficarem em casa, e a necessidade de interromper a coleta seletiva, devido ao risco de contaminação dos coletores e à paralisação das atividades das empresas que processam esse material. “Tivemos que oferecer uma ajuda financeira para os coletores sobreviverem nesse período em que ficarão sem trabalho”, destaca. Maurício Mota afirma que a Prefeitura tem a intenção de ampliar a coleta seletiva.

Respondendo à indagação de uma ouvinte, o secretário adiantou que a Prefeitura pretende retomar a implantação dos ecopontos no município. “Estamos estudando um modelo diferente para os ecopontos”, disse. Maurício Mota também externou sua preocupação com as queimadas, que aumentam nos períodos de estiagem prolongada. Segundo ele, a poluição motivada pelo chamado “material particulado” das queimadas pode agravar problemas cardíacos e até provocar AVC (acidente vascular cerebral). “A poluição compromete o sistema respiratório, o que pode agravar os quadros de Covid-19”, disse, acrescentando que está sendo intensificada a parceria da Prefeitura com o Corpo de Bombeiros para o combate às queimadas no município.

Plantio de árvores – Respondendo à indagação de um ouvinte, o secretário disse que a árvore situada em frente ao Carrefour Sônia Maria, classificada como “falsa figueira”, será mesmo retirada. “Lamentavelmente, ela será removida, pois interfere diretamente no contorno do viaduto”, disse, observando que obras viárias, como o BRT, trazem muitos benefícios à população, mas também causam problemas ambientais. “O que se busca é compensar esse prejuízo. A empresa que irá remover a falsa figueira terá que plantar 147 árvores para compensar essa retirada e as obras do BRT vão motivar o plantio de mais de 5 mil árvores, das quais 617 já estão sendo plantadas”, explicou. Segundo ele, há 12 anos, quando foi criada a Secretaria do Meio Ambiente, Sorocaba tinha uma cobertura vegetal de 16%. “Hoje, alcançamos uma cobertura vegetal de 25% e queremos aumentar esse percentual”, acrescenta.

Maurício Mota destacou, ainda, o trabalho de despoluição do Rio Sorocaba, que, conforme enfatizou, perpassa um período de investimentos de mais de 20 anos. O secretário destacou também o trabalho do Saae no tratamento de esgoto como um fator que contribuiu para a despoluição do rio e disse que os recursos hídricos ainda são uma grande preocupação, devido ao crescimento urbano, que exige abastecimento de água. “Quem vai colher o fruto de muitas nossas ações serão os nossos netos, bisnetos, tataranetos. Temos a obrigação moral de iniciar essas mudanças agora, pois esse é o conceito de sustentabilidade: proporcionar às futuras gerações um mundo melhor do que aquele que herdamos”, afirmou Maurício Mota no final da edição especial do programa Momento Sustentável, produzido e apresentado pela jornalista Amanda Mendes.

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