O vereador afirmou que é fundamental evitar a naturalização da pedofilia na sociedade
O vereador Luis Santos (Republicanos) participou na manhã desta quarta-feira, 17, da primeira edição do Jornal da Câmara, da Rádio Câmara, quando discorreu sobre o seu projeto de lei que institui em Sorocaba políticas públicas de combate à pedofilia e à violência contra crianças e adolescentes. O projeto, que está na pauta da sessão ordinária desta quarta-feira, prevê a articulação sistemática de entidades não-governamentais com órgãos de governo com o objetivo de promover ações de combate à pedofilia e à violência contra crianças e adolescentes.
Segundo Luis Santos, há setores da sociedade que trabalham ideia de que a pedofilia não é crime, mas uma doença e, como tal, deve ser tratada. “Com isso, buscam transformar a pedofilia em algo aceitável para a sociedade, o que nós, conservadores, repudiamos veementemente, com toda a nossa energia”, afirma. O vereador enfatiza que a pedofilia causa forte repulsa social e precisa ser combatida de todas as formas, inclusive com políticas públicas que instituam medidas de prevenção do abuso sexual de crianças e adolescentes.
Respeito aos pais – Para Luis Santos, entre os fatores que contribuem para o abuso sexual de crianças e adolescentes, está a desagregação familiar, em que as crianças acabam sendo obrigadas a conviver em casa com homens que não são seus pais. O vereador também condenou a erotização precoce das crianças promovida na sociedade e lamentou que as crianças estejam cada vez mais à mercê dos influenciadores digitais. “Que experiência de vida esses jovens influenciadores têm para repassar à criança a não ser a tentativa de mudar comportamentos, que muitas vezes implicam na quebra de valores tradicionais, como o respeito aos pais?”, indaga, recomendando que os pais tomem cuidado com quem os filhos se relacionam nas redes sociais.
Entre as medidas previstas no projeto de lei apresentado pelo vereador para combater a pedofilia, está a colocação de avisos em motéis, hotéis, casas noturnas e similares, informando que o abuso sexual de criança e adolescente é crime, bem como em provedores de Internet. O projeto também prevê que deverão ser realizadas campanhas nos meios de comunicação e campanhas específicas nas creches e escolas, públicas ou privadas, em linguagem adequada ao nível de entendimento dos alunos. O projeto conta com parecer favorável da Comissão de Justiça.