Vereador participou, na tarde desta terça-feira (21), do programa Câmara Debate, onde tratou do tema com o deputado estadual Tenente Coimbra
Na tarde desta terça-feira (21), o vereador Hudson Pessini (MDB) defendeu a implantação de uma unidade de escola cívico-militar em Sorocaba durante participação no programa "Câmara Debate", ao lado do deputado estadual Tenente Coimbra, responsável por trazer o projeto educacional para o estado de São Paulo. O programa foi transmitido ao vivo pela TV Câmara Sorocaba e mídias sociais do Legislativo.
"Sorocaba vai ser primeira cidade do Estado de São Paulo a ser premiada com uma escola cívico-militar", anunciou o vereador. Segundo ele, representantes da Comissão de Implantação das Escolas Cívicos-Militares, incluindo o Tenente Coimbra, estiveram na cidade para se reunir com a prefeita e avançar no processo para a instalação do programa no município.
Hudson Pessini justificou a necessidade de implantação de uma escola cívico-militar por ser uma nova opção para o desenvolvimento educacional dos estudantes do município. "A escola não vai ensinar criança a dar tiro, vai ensinar disciplina. É uma outra metodologia de ensino e Sorocaba precisa", disse o vereador, lembrando que o custeio da escola será com recurso federais.
O deputado Tenente Coimbra, que participa da Frente Parlamentar pela implementação das Escolas Cívico-Militares em São Paulo, explicou que as escolas que aderiram ao modelo pedagógico aumentara, em até 30% o valor das notas no IDEB (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica). "É um modelo próspero para os alunos, pais e professores, muito eficaz, e tenho a grata satisfação em trazer a Escola Cívico-Militar para a ser a primeira do estado de São Paulo em efetividade", contou.
Segundo o deputado, nesta terça-feira foi realizada uma reunião entre coordenador geral das escolas cívicos-militares e a prefeita para sanar dúvidas e acertar os detalhes para o próximo passo, que será a escolha passo da escola de nível fundamental para receber o projeto. Ele lembrou ainda que, na sequencia, deverão ser realizadas audiência públicas para debater o tema, além de uma votação, pela comunidade escolar, para aprovar ou rejeitar a implantação do modelo.
Tenente Coimbra criticou as alegações de que o modelo promoverá professores militares e castigo físico aos alunos. "O militar será muito mais um inspetor de sala, de corredor, irá participar da parte cívica da aula, como cantar o hino e hastear bandeira", explicou. "Quem conhece o programa não consegue achar uma vírgula para criticar", afirmou o deputado.
Critérios para implementação - De acordo com o deputado, não haverá critério específico para escolher a escola em que será implementado o modelo, mas a pretensão inicial é que o local a ser indicado pelo poder publico seja de alto índice de evasão escolar e baixo índice de notas no IDEB, "justamente pra que se crie naquele ambiente um contraponto", justificou.
Tenente Coimbra lembrou que Sorocaba foi escolhida para dar início ao modelo, dentro 78 municípios paulista que solicitaram o projeto, por conta de fatores como possuir escolas entre 500 e mil alunos, preferencialmente em áreas de vulnerabilidade social. Ele explicou,porem, que a escola onde será implantada a metodologia será escolhida pelo município. "Haverá ainda audiências públicas e, por fim, a consulta publica, que é a votação pela própria comunidade escolar, onde podem votar os estudantes acima de 16 anos, pais e professores. Se for negada, o município poderá escolher outra localidade, mas em nenhuma comunidade a escola escolhida foi negada", afirmou.
Como explicou o deputado, o programa cívico-militar na escola será mantido com recursos federais, sendo que o município entra com a estrutura física da unidade de ensino. O vereador Hudson Pessini questionou sobre quem poderá se matricular na escola cívico-militar e Tenente Coimbra afirmou que será aberta a toda a população, lembrando ainda que não haverá processo seletivo para ingresso. "A seleção é de acordo com critérios da própria secretaria de educação", explicou.
Sobre a metodologia, o deputado destacou que as escolas cívico-militares valorizam a disciplina e a meritocracia. "O destaque não é o aluno que não estuda, que falta, que é o engraçado, vai ser o que estuda", afirmou. Tenente Coimbra apresentou números que comprovam a eficácia da metodologia, e usou como exemplo uma escola da cidade de Anápolis, em Goias, onde após a implementação do programa cívico-militar as notas no IDEB saltaram de 3.1 para 6,5 em cinco anos. "O professor conseguiu dar aula com mais plenitude", resumiu o parlamentar, afirmando que 90% da população vai querer o filho em uma unidade com essa metodologia de ensino.