A Apagua, entidade que representa os moradores, está se mobilizando contra a especulação imobiliária na região
Uma representante da Associação de Moradores e Amigos do Parque Água Vermelha e Região (Apagua), entidade sem fins lucrativos, que tem, entre seus objetivos, proteger as nascentes dos arredores do parque, fez uso da tribuna da Câmara Municipal, no final da sessão ordinária desta terça-feira, 9. A munícipe Regina Quercetti, representando a entidade, externou a preocupação dos moradores com o crescimento imobiliário na região, que, segundo eles, não comporta os empreendimentos que estão sendo construídos.
“O nosso maior problema é a especulação imobiliária e seu impacto no meio ambiente. O Parque Água Vermelha é muito importante para o município, como fonte de nascentes e para a preservação da fauna e da flora. A região não suporta mais os empreendimentos gigantes que estão sendo construídos ali. Não temos rede de esgoto suficiente para tantas pessoas em torres residenciais. Nossas vias de acesso não suportam o acesso de tantos carros e temos um problema grave em relação ao esgoto, que está retornando na Avenida Londres, e borbulhando na Travessa Madri”, contou Regina Quercetti.
Para a representante da Apaguas, “os empreendimentos são necessários, mas precisam ser analisados de forma responsável”. Regina Quercetti observou que a região do Parque Água Vermelha pode ser um exemplo de bairro sustentável, ecológico, que preserva o meio ambiente. Mas, no seu entender, o novo empreendimento que está sendo implantado na região, com duas torres de 17 andares, com 204 apartamentos, está sendo encravado numa área verde, que não suporta essa construção.
A Associação de Moradores e Amigos do Parque Água Vermelha (Apaguas) abrange parte de bairros como Jardim Pagliato, Guadalajara, Piazza di Roma e Jardim Magnólia. A representante da Apaguas agradeceu o apoio de vários vereadores que já se inteiraram do problema e estiveram na região, entre eles, Fernando Dini (MDB), que apresentou ofício sobre a questão, além de Iara Bernardi (PT), Fernanda Garcia (PSOL) e Vitão do Cachorrão (Republicanos), que, juntamente com Fábio Simoa (Republicanos) e João Donizeti Silvestre (PSDB), também se comprometeram a acompanhar a questão levantada pela representante da entidade.