A audiência foi promovida por Fernanda Garcia (PSOL) e Iara Bernardi (PT), em parceria com o Conselho Municipal dos Direitos da Mulher
Violência. Palavra que infelizmente faz parte do cotidiano da mulher brasileira foi o tema da audiência pública promovida pelas vereadoras Fernanda Garcia (PSOL) e Iara Bernardi (PT) numa construção coletiva com o Conselho Municipal dos Direitos da Mulher (CMDM) na noite de quinta-feira (25), no Plenário da Casa de Leis de Sorocaba.
“A Violência que Sofremos ao Combater a Violência” foi o nome escolhido pelas vereadoras, com o objetivo de discutir a todos os âmbitos do machismo estrutural. “É muito triste termos ainda que discutir a violência contra as nossas lutas. O machismo que leva a violência está enraizado de tal forma que a própria rede de proteção é – por vezes – agente da violência, seja ela pelo descaso, pela insensibilidade ou até mesmo questionando a violência. É triste termos que lutar pelo respeito, mas não desistiremos”, disse a vereadora do Partido Socialismo e Liberdade.
Outro ponto abordado diz respeito ao direito de liberdade sobre o próprio corpo. “Quis lembrar da violência que acontece aqui dentro da própria Câmara. Remeto ao fato ocorrido nas últimas sessões onde uma exposição fotográfica foi alvo de ataques de alguns representantes do Legislativo, isso por conta de fotos onde aparece os seios da artista. Onde está o direito da artista sobre seu corpo? Quando a exposição do corpo feminino é voltada para a objetificação, como o quadro da índia escravizada e nua no corredor da Casa de Leis aí não há problema? É revoltante”, disse Fernanda Garcia.
Juntamente com as vereadoras, estavam presentes na mesa principal: Bruna Santos, representante do Coletivo Feminista Rosa Lilás, que relembrou as falhas da rede de proteção à mulher e o descaso do Poder Executivo com as mulheres, além de contar a história de uma mulher que venceu a violência; Manu Barros, presidente do Conselho Municipal dos Direitos da Mulher, que denunciou a violência institucional, aquela vinda por meio de agentes públicos e privados; Raquel Moreno, criadora, que em sua fala lembrou as lutas e conquistas históricas do feminismo em São Paulo; Vivian Machado, presidente do Conselho Municipal dos Direitos LGBTQIA+. Também participaram lideranças femininas como Rosalina Burgos, professora da UFSCar e vítima de ataques na Câmara por vereadores conservadores.
A Audiência Pública aconteceu em alusão ao Dia Internacional de Luta Contra a Violência à Mulher, relembrado no dia 25 de novembro e marcou o início dos 21 Dias Pela Erradicação da Violência Contra a Mulher.
(Assessoria de Imprensa – Vereadora Fernanda Garcia/PSOL)