07/03/2022 15h51
atualizado em: 07/03/2022 16h13
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O assessor político Mário Moura falou da importância da participação dos jovens na política e das mudanças na legislação eleitoral

A importância da participação dos jovens na política, as mudanças na legislação eleitoral e os impactos das redes sociais nas campanhas políticas foram alguns dos temas abordados pelo assessor político Mário Moura em entrevista à primeira edição do ano do Programa Jovens Criativos, da Escola do Legislativo da Câmara de Sorocaba, no final da manhã desta segunda-feira, 7, sob o comando do secretário de Comunicação Institucional da Casa, Fábio Mascarenhas.

Graduado em Direito pela Uniesp e pós-graduado em Marketing Político e Campanhas Eleitorais pela PUC de Campinas, Mário Moura tem experiência na iniciativa privada e no setor público, tendo trabalhado, por dez anos, no Grupo Votorantim, e onze anos na Assembleia Legislativa. Também atuou em vários cargos políticos no PSDB em Sorocaba e no Estado, tendo sido coordenador regional do partido no município e delegado nacional, atuando atualmente em campanhas eleitorais no Estado.

Para Mário Moura, a criação do fundo eleitoral teve como objetivo trazer mais equidade para as campanhas políticas, mas acredita que os valores do fundo, diante de outras demandas da sociedade, poderiam ser menores. “O objetivo do fundo eleitoral é trazer mais equidade para a disputa. Infelizmente, especialmente de uns anos para cá, todos os políticos foram jogados na vala comum, mas há pessoas boas e ruins não apenas em todos os partidos, mas em qualquer outro setor da sociedade”, observa.

Diante da observação de Fábio Mascarenhas de que a legislação eleitoral muda de dois em dois anos, com impactos no processo eleitoral, Mário Moura discorreu sobre as mudanças que vivenciou desde que começou a acompanhar a política (o que ocorreu desde sua infância, aos sete anos, acompanhando a carreira política de seu pai na cidade de Alumínio) e destacou que a maior mudança nos últimos anos é quanto ao papel das redes sociais. “Mas o contato de porta a porta, o olho no olho com o eleitor, continua sendo essencial”, ressalva.

Para Mário Moura, as mudanças eleitorais, além de serem feitas com muita frequência, praticamente de dois em dois anos, ainda utilizam as eleições municipais como campo de teste. O assessor político também discorreu sobre o fim das coligações e a criação da chamada “Federação Partidária”, que, no seu entender, ainda apresenta muitos pontos obscuros.

Política estudantil – Mário Moura também falou sobre sua militância na política estudantil, tendo sido eleito presidente do Centro Acadêmico de Direito da Uniso, em 2010. “Foi uma experiência muita rica, pois a política estudantil exige muita articulação com estudantes de diferentes turmas e diferentes períodos”, conta, lembrando que a entidade estudantil criou, em parceria com professores e outras entidades, o Projeto “Saber Direito na Comunidade”, que contribuiu para a levar as pessoas, especialmente as de comunidades carentes, a conhecem seus direitos e buscar sua efetivação.

O entrevistado também tratou das diferenças entre o setor público e o setor privado, que, segundo ele, são gigantescas. “Uma creche, no setor público demora três anos para ser construída, enquanto uma sala-forno dentro de uma indústria, que é muito mais complexa, fica pronta em seis meses”, compara. Para ele, as leis que regem a administração pública precisam ser modernizadas, uma vez que eles emperram a construção de obras públicas. “Hoje, temos uma legislação atrasada, que não impede o mau gestor de fazer coisas erradas, mas emperra o trabalho do bom gestor”, afirmou. Por fim, conclamou os jovens a participarem da política, exercendo sua cidadania: “Redes sociais são excelentes, mas levem a militância de vocês para a vida real”, exortou.