05/04/2023 13h32
atualizado em: 05/04/2023 16h00
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Maior participação das mulheres na política, além de sua carreira técnica e de sua gestão na Prefeitura, foram alguns temas da entrevista da ex-prefei

As medidas de proteção às mulheres, como o “Botão do Pânico”, hoje rebatizado “Protege Mulher”, assim como a carreira de servidora pública, atuando como delegada de polícia, foram temas abordados pela ex-prefeita Jaqueline Coutinho, em entrevista ao programa “Resenha Política”, da Rádio Câmara (também transmitido pela TV Câmara), na manhã desta quarta-feira, 5, conduzida pelo secretário de Comunicação Institucional, Fábio Mascarenhas, e pelo coordenador da Assessoria de Imprensa, Lincoln Salazar.

Jaqueline Coutinho também rememorou sua carreira, desde quando se tornou oficial de justiça, via concurso público, aos 18 anos, e delegada de polícia, também por concurso, quatro anos depois. “Sempre estive à frente de Delegacias da Mulher, que, quando ingressei na polícia, estavam se iniciando, uma vez que a primeira Delegacia da Mulher no Estado de São Paulo foi criada em 1985, no governo de Franco Montoro”, conta. 

“Havia e há uma necessidade evidente de criar delegacias especializadas no atendimento às mulheres vítimas de violência”, observa. “Hoje, temos 134 Delegacias da Mulher no Estado de São Paulo, mas apenas 400 Delegacias da Mulher em todo o Brasil, um país com 5.560 municípios”, observa Jaqueline Coutinho, acrescentando que Sorocaba já conta com Delegacia da Mulher 24 horas, assim como vai ocorrer em todo o país, conforme anunciou o Governo Federal.

Ingresso na política – Jaqueline Coutinho contou que começou a enveredar na política em 2015, quando o ex-prefeito Renato Amary, como pré-candidato, convidou-a para participar de um grupo de estudos na área de segurança pública. No ano seguinte, foi convidada por Amary a ser sua candidata a vice. Com a desistência de Amary de ser candidato a prefeito de Sorocaba, delegando a tarefa para o então vereador José Crespo, Jaqueline Coutinho acabou sendo vice de Crespo e, em seguida, prefeita, quando o chefe do Executivo foi cassado.

Jaqueline Coutinho também discorreu sobre as principais ações de seu governo, destacando seu trabalho na área de educação, como a construção de escolas, e a continuidade das obras do BRT. Segundo ela, conseguiu reduzir o déficit de vagas em creche de 4.400 vagas para cerca de mil. “Ou seja, criamos entre 2.600 a 2.800 vagas de creche”, contabiliza. Também discorreu sobre o funcionamento do “Botão do Pânico”, voltado para a proteção das mulheres vítimas de violência e implantado em sua gestão.

A ex-prefeita também discorreu sobre a participação da mulher na política. “Hoje, na Câmara de Sorocaba, com 20 vereadores, temos apenas duas vereadoras. No Brasil, apenas 13% das vagas nos Legislativos municipal, estadual e federal são ocupadas por mulheres, que também são apenas 10% do Executivo, na condição de prefeitas e governadoras. Então, precisamos de mais mulheres na política, na vida pública”, defende. “A visão feminina da política não é necessariamente melhor, mas é diferente da visão masculina. São visões complementares, então é saudável que a gente tenha mais mulheres nos Parlamentos e nos Executivos”, enfatiza.

Por fim, Jaqueline Coutinho definiu-se como “mais técnica do que política”, acrescentando que procurou imprimir esse caráter técnico na Prefeitura de Sorocaba, quando prefeita, e falou de outras ações de sua gestão como as grandes dificuldades enfrentadas por seu governo durante a pandemia de Coronavírus. Contou que lia todas as matérias e artigos que saíam a respeito da pandemia e que acredita que, mesmo com todas as dificuldades, conseguiu preservar vidas. “O nosso propósito sempre foi preservar vidas e creio que preservamos muitas vidas com as medidas que adotamos”, enfatizou.

A entrevista de Jaqueline Coutinho ao programa “Resenha Política”, da Rádio Câmara, foi transmitida ao vivo e está disponível nas redes sociais da Câmara de Sorocaba (YouTube e Facebook).