Iara Bernardi questiona a situação da base descentralizada do Samu em Sorocaba

A situação em que as ambulâncias do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) se encontram em Sorocaba foi objetivo de requerimento da vereadora Iara Bernardi (PT), aprovado na sessão ordinária de quinta-feira, 13. “Em visita a Base Descentralizada do Samu, no Pitico, fui surpreendida com duas ambulâncias totalmente expostas ao tempo, sem qualquer proteção ou cobertura, em desacordo com normas estabelecidas pelo Ministério da Saúde”, afirmou Iara Bernardi ao destacar seu requerimento na tribuna.

“O Samu é um serviço federal e tem um regramento muito rígido com relação às ambulâncias, aos recursos humanos, à estrutura de trabalho. Mas as ambulâncias em Sorocaba não têm lugar. O galpão que as abrigava foi entregue para o Sindicato dos Condutores Escolares. Quando visitei a base, duas ambulâncias do Samu estavam paradas, com os funcionários trocando equipamentos no sol. E se estivesse chovendo? Era um período de chuvas” – questionou Iara Bernardi. 

“Estive também no Mercado Municipal e vi duas ambulâncias Alfa paradas, com todos os equipamentos, aguardando documentação. A Prefeitura pode sofrer sanções e perder recursos, porque o Samu tem regras muito rígidas”, reiterou Iara, que também questionou o fato de que a regulação das ambulâncias ligadas à Polícia Militar e ao Corpo de Bombeiros teria sido transferida para a cidade de Campinas, em vez de ir para um espaço ao lado da Guarda Civil Municipal, na região do Cerrado. “A cidade perde prestígio dessa forma”, afirmou Iara Bernardi, que, ao destacar seu requerimento em plenário, suscitou apartes de outros vereadores em apoio a seus questionamentos.

Questionamentos ao Executivo – Em seu requerimento, Iara Bernardi observa que a Portaria n° 1.010, de 21 de maio de 2012, determina que a Base Descentralizada do Samu deve possuir uma infraestrutura que garanta tempo-resposta de qualidade e racionalidade na utilização dos recursos, com a configuração mínima necessária para abrigo, alimentação, conforto das equipes e estacionamento das ambulâncias. A parlamentar enfatiza que a Base Descentralizada “Samu-Pitico”, na rua Prof. Júlio Pinto Ferraz, não oferece essas condições e os “os trabalhadores do Samu, expostos às mais diversas condições meteorológicas, realizam bravamente toda a higienização, reequipagem e reabastecimento das ambulâncias”.

Em face dessas questões, Iara Bernardi faz, entre outros, os seguintes questionamentos ao Executivo: se a Prefeitura de Sorocaba tem conhecimento de que pode sofrer sanções por não cumprir as determinações da portaria que regulamenta o Samu; qual o interesse público que determinou a retirada das ambulâncias e viaturas da Secretaria de Saúde e do Samu de um galpão em que estavam abrigadas em benefício de uma entidade privada; e qual o valor anual do repasse destinado às Bases Descentralizadas do Samu.