04/12/2024 17h57
atualizado em: 05/12/2024 08h21
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A iniciativa é do vereador Ítalo Moreira (União) e conta com a participação de um corpo técnico de profissionais envolvidos com a economia criativa.

O Complexo Ferroviário de Sorocaba é tema de audiência pública a ser realizada nesta quinta-feira, dia 5, às 19h, na Câmara Municipal de Sorocaba, por iniciativa do vereador Ítalo Moreira (União), que propõe a revitalização da área por meio da economia criativa.

Para Ítalo Moreira, “O complexo poderia ser um porto digital, a exemplo de modelos que conhecemos e discutiremos, nos quais se observa a economia criativa como viabilizadora de empregos envolvendo as áreas da tecnologia e inovação, associadas às áreas da gastronomia, cultura e artes”.

O objetivo da audiência pública é abrir a discussão para que todos os segmentos da sociedade interessados no espaço e no tema proposto se manifestem, contribuindo com suas visões. Estão previstas breves apresentações de experiências profissionais vivenciadas por gastrólogos, turismólogos, profissionais da cultura, da arquitetura e urbanismo, convidados contribuir por acumularem vivências em projetos nas áreas da economia criativa. E, como toda audiência pública, prevê-se as inscrições dos cidadãos que desejarem fazer uso da palavra.

Participações confirmadas - Confirmaram o convite do vereador Ítalo Moreira para esta audiência pública os seguintes profissionais: o regente Eduardo Pereira, diretor artístico e maestro da Orquestra Sinfônica de Sorocaba, diretor artístico da banda sinfônica do Exército Brasileiro e empreendedor na área do entretenimento; Diego Pucci, especialista em inovação corporativa, empreendedor e líder da comunidade de startups Tropeiro Valley da Região Metropolitana de Sorocaba; Guaen Lee, arquiteto, urbanista e artista visual de murais de grande escala; José Antonio de Freitas Pedroso, chefe de cozinha, empreendedor e consultor gastronômico; Rô Galvão, turismóloga e comunicóloga, consultora de marketing e comunicação, e executiva de gestão do Museu de Arte Contemporânea de Sorocaba; Rodrigo Lucco, arquiteto e urbanista, empreendedor, com atuação em projetos em cidades inteligentes no Brasil e no Chile; e Samira Galli, jornalista e apresentadora de jornal, consultora de marketing, relações públicas e gestão de projetos na área de economia criativa.

A importância da área e a atual ocupação - O Complexo Ferroviário de Sorocaba abriga um conjunto remanescente da Estrada de Ferro Sorocabana, um dos mais completos do Estado de São Paulo, composto por

oficinas, estação, residências, armazéns, centro administrativo, pátio de estacionamento e manobras, dentre outros edifícios. Este conjunto é tombado pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico do Estado de São Paulo, o Condephaat, desde 2018. A Estação de Ferro de Sorocaba, concluída no ano de 1875, está tombada em âmbito municipal pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico desde 1997.

O complexo encontra-se em uma área urbana nobre, no centro da cidade, entre as avenidas que margeiam o rio Sorocaba e as Vilas Santa Rita, Santana e Santa Rosália. Ao todo, soma cerca de 200 mil metros quadrados e pertence ao governo federal, estando sob jurisprudência da Superintendência de Patrimônio da União (SPU) e sob concessão da Rumo Logística.

Apesar de sua magnitude, localização em área nobre da cidade e de seu reconhecimento como patrimônio estadual e municipal, evidencia-se seu estado de abandono, iniciado desde a desativação da Estação de Ferro de Sorocaba, nos anos noventa.

De todos os prédios existentes, apenas um se encontra ativo: o conjunto de dois galpões anexos à Estação de Ferro de Sorocaba, local de funcionamento do antigo armazém da FEPASA, a Ferrovia Paulista, uma empresa estatal que operava o transporte ferroviário de passageiros e cargas. O espaço foi refuncionalizado, restaurado e reformado pela Associação de Educação Cultura e Arte que, desde 2012, mantém no local as instalações do Museu de Arte Contemporânea de Sorocaba, o MACS. 

Durante todos estes anos e até este momento o prédio passa por requalificações conduzidas sob aprovação do Condephaat, com recursos advindos por meio de doações particulares, fundo perdido da Secretaria de Segurança do Estado de São Paulo e de tributos renunciados pela Secretaria de Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo e pelo Ministério da Cultura do Brasil no âmbito das leis de incentivo à cultura.

(Assessoria de Imprensa – vereador Ítalo Moreira/União Brasil)