Dispõe sobre denominação de “PADRE SANTI CAPRIOTTI” a uma via pública de nossa cidade e dá outras providências.

Promulgação: 09/05/2012
Tipo: Lei Ordinária
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JUSTIFICATIVA

 

Santi Capriotti nasceu em Sorocaba - SP em 03 de julho de 1931 e foi para em Campinas - SP em 03 de março de 1962. Iniciou o noviciado em 1963; fazendo a primeira profissão aos 09 de dezembro de 1964; a perpétua aos 09 de dezembro de 1967 e ordenado sacerdote em Campinas no dia primeiro de maio de 1969.

 

Exerceu o ministério em Campinas - SP e Curitiba - PR como vigário paroquial, pároco e conselheiro e ecônomo provincial por muitos anos.

 

Antes de ingressar na Congregação trabalhou no comércio e indústria. Trouxe consigo o espírito de liderança de que era dotado, com forte expressão social e política. Dirigiu muitas entidades assistenciais, tais como o Lar dos Velhinhos, Orfanatos, Creches, Liga das Senhoras Católicas, todas em Campinas. Entre os movimentos eclesiais manifestou particular predileção pelos Cursilhos de Cristandade, pelos quais trabalhou com grande ardor.

 

Ao longo da vida, assumiu diversos cargos, entre eles o de vigário episcopal da região Centro Norte de Campinas, presidente das Senhoras Católicas, conselheiro e capelão da Associação de Educação do Homem de Amanhã, (Guardinha), capelão da cadeia de Campinas, benemérito da Sociedade Brasileira de Pesquisa e Assistência para Reabilitação Crânio-Facial (Sobropar). Foi, ainda, vigário da Paróquia Nossa Senhora da Consolação, no Jardim Aurélia, e construiu o Santuário de Nossa Senhora de Guadalupe, em Campinas. Foi ecônomo (administrador) dos padres estigmatinos, marcando sua atuação por realizações e competência, tanto na economia quanto na parte administrativa.

 

De gênio brincalhão, extrovertido, alegre, conquistando com naturalidade a simpatia e a admiração de todos que o conheciam.

 

De vida irregular no aspecto cristão converteu-se por ação de um sacerdote diocesano, a quem prestou enormes serviços nas paróquias por ele dirigidas.

 

Em 1961, por intermédio de Pe. Vicente Marques, procurou o Provincial dos Estigmatinos com o desejo de se tornar sacerdote religioso. Figura controvertida dentro e fora da Congregação pelo caráter temperamental que oscilava rapidamente entre manifestações expressivas de simpatia e a profunda mágoa em relação a leigos e confrades, conquistou muitos amigos e angariou desafetos.

 

Como vigário da Paróquia Nossa Senhora de Lourdes, no Jardim Botânico, padre Santi Capriotti teve forte atuação nos movimentos de jovens e casais. Construiu a nova igreja, sendo esta a sexta que edificou como sacerdote estigmatino. Envolveu-se com o cursilho, tornando-se chefe do movimento de jovens. Era colaborador e um dos fundadores da Só Vida, casa que acolhe portadores de HIV.

 

Por ser devoto de Santa Edwiges, participou do movimento da compra do terreno onde está sendo construída a igreja. Tinha apreço especial com os italianos (trentinos) de Santa Felicidade, que se reuniam em festas com muita alegria e música no salão da paróquia. Fundou e foi presidente de honra do grupo São Gaspar Bertonni.

 

Sua saúde tornou-se precária por doenças hereditárias e pelo diabetes que dele judiou em demasia. Sofreu um grave acidente com a queda do elevador doméstico na paróquia Nossa Senhora de Lourdes, em Curitiba - PR. Foi levado imediatamente ao Pronto Socorro e depois de 27 dias de hospitalização, em coma na maioria deles, faleceu na tarde do domingo, 17 de fevereiro de 2002.

 

Seu corpo levado para Campinas e sepultado no jazigo dos Estigmatinos no Cemitério da Saudades.

 

Por tais razões é que este Vereador em respeito a memória do Padre Santi Capriotti, e aos seus familiares, submete a apreciação do Egrégio Plenário a aprovação deste Projeto de Lei que objetiva a perpetuar o honrado nome a uma via pública desta cidade.

 

S/S., 26 de março de 2012.

 

MÁRIO MARTE MARINHO JÚNIOR

Vereador.