Dispõe sobre denominação de “ADOLPHO ARCURI” a uma via pública de nossa cidade e dá outras providências.

Promulgação: 04/06/2012
Tipo: Lei Ordinária
Versão de Impressão

JUSTIFICATIVA:

 

ADOLPHO ARCURI

 

Votorantim, 12 de agosto de 1922, foi na Vila Albertina que nasceu o novo herdeiro de Rosário Fernando Arcuri, pai; e Mercedes Nardi Arcuri, mãe. Viveu nesta vila alguns anos, até 1942, quando a família mudou-se para uma casa bem grande que ficava em frente à estação da Estrada de Ferro Elétrica e da Fábrica de Tecidos, no largo da Igreja Matriz.

 

Nessa nova residência, começou uma nova atividade da família Arcuri que compreendia: o bar e a pensão – que na época o Contador Pereira Ignácio, amigo e confidente de Fernando Arcuri, ex- barbeiro, lhe confiara como penhor de sua amizade e pessoa de inteira confiança.

 

Daí em diante, a família toda estava empenhada numa grande jornada de trabalho e dedicação. Foi assim que começou a vida de Adolpho: sempre ajudando seu pai. Desde menino, já trabalhava no bar. Frequentou a escola (curso primário) no Grupo Escolar Contador Pereira Ignácio, na Barra Funda. Em 1930, com apenas 8 anos, ia para a escola de manhã e à tarde ajudava a família. Era a pensão que demandava muito serviço.

 

A família, nessa época, contava com a ajuda dos irmãos mais velhos. Além desses afazeres, o seu pai tinha a seu encargo a agência de correios, que funcionava na mesma casa e contava também com um centro telefônico que recebia e fazia ligações locais e interurbanas.

 

E assim foi, até que, em 1935, faleceu seu pai e coube a ele (Adolpho) tomar conta dos negócios do pai ajudado pela mãe, Dona Mercedes, e todos os irmãos. Nessa época, seu pai havia adquirido um sítio de 100 alqueires no Itinga - que dava também muito trabalho, pois, dali, saía leite para o bar e lenha  para ser entregue aos fregueses da vila.

 

Assim passou o tempo e seus irmãos mais velhos, Fernando e Arnaldo, foram morar em São Paulo, Capital, para estudar engenharia e medicina, respectivamente. O Adolpho era muito ligado a sua mãe , respeitava e obedecia, como um bom filho.

 

Ele frequentou a Escola do Comércio, em Sorocaba, onde se diplomou, em 1941, formando-se perito contador. Gostava de futebol, como seu pai, participando do time juvenil do Savóia, que foi organizado, na época, pelo Sr. Guimarães, grande entusiasta do esporte – este era químico na fábrica de tecidos. O Adolpho também jogou no Corinthians e ajudou na formação do Clube.

 

Teve grandes amigos desde o tempo do grupo escolar, como Waldemar Toledo (Guema) e todos os seus irmãos Toledo, inclusive o pai (Gueta).

 

Ele se empenhou muito em ajudar seus irmãos que foram morar e estudar em São Paulo.

 

Em 1960, casou-se com Maria Aparecida, agora Arcuri, que lhe deu vários filhos: Mercedes, Eliza, Vera Lúcia e João. Com a família formada, empenhava-se ainda mais no trabalho para dar a seus filhos conforto, estudo, uma vida melhor.

 

Ele gostava muito de caminhão, de viajar. Assim é que empreendeu várias viagens para o Sul, com seu amigo Pedro Guerra  e lá comprava vinhos e trazia para vender no bar.

 

Em 1947, comprou uma motocicleta Harley Davidson, e usava para passeios ou para ir ao sítio. Naquele tempo, as estradas eram de terra, era poeira ou barro. Porém, resolveu vender o bem adquirido, porque sofreu um pequeno acidente, uma derrapada na areia, sem graves consequências.

 

O caminhão era uma de suas paixões, sempre teve um que usava lá no sítio para transporte de lenha.

 

Quando por ocasião da desapropriação das casas da vila, foi obrigado a vender o bar e mudou-se para Sorocaba, continuando com o Sítio e viajando diariamente para lá. Nessa ocasião, a família reunia-se no sítio, quando da ocorrência de festas familiares.

 

E, assim, ficava entre a cidade e o sítio quase todos os dias. Numa dessas viagens, Adolpho teve o infortúnio de sofrer um acidente com a caminhonete que capotou, resultando em lesão crânio-encefálico, vindo a falecer, encerrando de maneira trágica a sua jornada pela vida.

 

Agora, descansa em paz nosso irmão, nas mãos de Deus. Viveu 71 anos e sempre procurou melhorar a vida com muito trabalho.

 

S/S., 16 de abril de 2012.

 

Neusa Maldonado

Vereadora

Conteúdo acessível em Libras usando o VLibras Widget com opções dos Avatares Ícaro, Hosana ou Guga. Conteúdo acessível em Libras usando o VLibras Widget com opções dos Avatares Ícaro, Hosana ou Guga.