Dispõe sobre denominação de “ÁUREA PAIXÃO ROLIM” a um próprio municipal e dá outras providências.
JUSTIFICATIVA:
ÁUREA PAIXÃO ROLIM, nascida em Sorocaba aos 05 de maio de 1939, filha caçula de MÁRIO PAIXÃO e de MARIA BETTUZ PAIXÃO, sendo ele ferroviário e ela senhora do lar. Passou a infância, com suas duas irmãs na Rua Souza Moraes, Vila Santana, período em que cursou o antigo primário no Grupo Escolar “Visconde de Porto Seguro” e depois no SESI, onde concluiu seus estudos.
Casou-se com SEBASTIÃO ROLIM, ferroviário, aos 13 de dezembro de 1958, na Catedral Metropolitana de Sorocaba, cerimônia celebrada pelo então Padre Jaime. Dessa união nasceram três filhos, SILVANA ROLIM, ÁUREA MARIA ROLIM MÜLLER BOVO e ANSELMO ROLIM NETO.
Ficou viúva em 17 de junho de 1989, tendo falecido aos 06 de dezembro de 2004, deixando seis netos ÁLVARO ROLIM GUERRA, MARIANA ROLIM GUERRA, FELIPE MÜLLER BOVO, SOPHIA MÜLLER BOVO, BRUNO HENRIQUE IGNÁCIO ROLIM e JOÃO PEDRO IGNÁCIO ROLIM.
Desde sua juventude, Áurea Paixão Rolim sempre se destacou por sua grande comunicação entre todos os meios da sociedade, fossem eles religiosos, culturais ou sociais.
Sempre se declarou autodidata, tendo escrito vários textos e crônicas, dos quais alguns publicados nos jornais locais, como por exemplo na coluna “Vovó Áurea apresenta” do suplemento infantil “Faz de conta “ do Diário de Sorocaba, onde por meio de histórias infantis sempre levou às crianças, noções de cidadania e educação.
Lutou muito pela justiça social, em uma época difícil onde as liberdades individuais não eram respeitadas, quando auxiliou os familiares de muitos “presos políticos” na época.
Participou ativamente do Comitê contra a Fome, no início dos anos 90, bem como, promoveu vários eventos culturais como “Serestas” com os seresteiros do Bar Tudo Azul entre outros.
Com uma religiosidade muito aflorada, nunca se permitiu permanecer em uma única religião ou filosofia, tendo buscado o conhecimento que há em todas elas, sendo certo que, no período em que atuou em cada uma dessas religiões, não ficou simplesmente como ouvinte, mas sim, ativamente transmitia o legado às pessoas que resolviam seus problemas através de seus conselhos e ensinamentos. Assim foi no Kardecismo, Circulo Esotérico da Comunhão do Pensamento, Seicho-no-iê e finalmente na Igreja Católica, dentro do movimento da Renovação Carismática Católica.
Da mesma forma, profissionalmente sempre atuou em áreas diversas, tendo sido, cabeleireira, instrutora de auto-escola, em uma época onde dirigir para as mulheres ainda era um tabu, foi quituteira, onde realizava festas de aniversários e casamentos. Foi ainda comerciante, tendo montado uma quitanda e posteriormente uma pastelaria na Rua Hermelino Matarazzo, sendo um sonho que foi interrompido em 1985 quando seu esposo acometido de um Acidente Vascular Cerebral, necessitou inteiramente de seus cuidados, não podendo assim manter sua empresa.
Não podendo concluir seus estudos, devido ao casamento, sempre apoiou o estudo de seus filhos, não medindo esforços para formá-los, pois dizia que o estudo e a educação vinham em primeiro lugar. Assim sua filha mais velha formou-se
No transcorrer de sua vida sempre procurou ajudar os necessitados, tendo como princípio a máxima “fazer o bem, sem olhar a quem”, e sua frase preferida: “quem comigo conta, sempre encontra mais que a conta”, fazendo prevalecer os valores, as virtudes e a fé cristã, que devem estar no coração de todo aquele que acredita num mundo melhor.
S/S., 12 de Abril de 2011.
JOSÉ FRANCISCO MARTINEZ
Vereador.