Dispõe sobre denominação de “Mário Muraro” a uma via pública de nossa cidade e dá outras providências.

Promulgação: 08/06/2016
Tipo: Lei Ordinária
Versão de Impressão

Sorocaba, 5 de maio de 2 016.

SEJ-DCDAO-PL-EX- 049/2016

Processo nº 25.461/2015

 

Excelentíssimo Senhor Presidente:

Temos a honra de encaminhar à apreciação e deliberação dessa Colenda Câmara, o incluso Projeto de Lei que dispõe sobre denominação de “Mário Muraro” a uma via pública de nossa cidade.

O homenageado, Sr. Mário Muraro, é natural do Município de Tietê, tendo nascido em 17 de junho de 1917.

Chegou a Sorocaba com seus pais em meados de 1920, com mais 12 irmãos. Residiu por alguns anos na Rua Aparecida, vizinho da Farmácia Santo Antonio, e mudou-se para a Vila Santana, numa chácara na Rua Souza Moraes esquina com a Rua Paes Leme, comprada pelos pais.

Com 13 anos de idade, iniciou trabalhando como “foguista” nas Caldeiras da antiga Fábrica Santa Rosália do Grupo Cianê. Ficou nesse trabalho até os 17 anos de idade, e foi trabalhar no antigo barracão dos “Móveis Água Viva”, na Rua Comendador Oeterer, onde aprendeu o ofício de "tornearia em madeiras”.

Em Sorocaba tornou-se o único artesão a executar “"pés de mesa e cadeiras torneados”, estilo Luiz XV.

Já em 1952 passou a gerenciar a fábrica de Móveis Muraro que distribuía sua produção para todo o Estado e até exportava para outros países.

Trabalhou também como “ferramenteiro” na Fábrica que montava os gabinetes em madeira para as máquinas de costura Elgin.

Nas horas de folga consertava relógios e rádios, inclusive fonógrafos da época. Apaixonado desde criança por Gramofones ficava fascinado quando vizinhos colocavam esses instrumentos movidos a corda para tocar. Por esta razão, o artesão começou nos anos de 1960 a confeccionar algumas peças, sendo que um desses exemplares, pertencente ao seu filho ainda funciona perfeitamente.

Sua vida como um verdadeiro “artesão” de móveis, por longo tempo foi acompanhada pela família.

Casado com Olga (in memoriam) teve os filhos Eneval, Sérgio, Sonia, Salete, Angelo e José Carlos, com os quais dedicou carinho e dedicação.

Nos últimos anos de vida, ainda confeccionava em sua pequena oficina em sua residência, o instrumento de sua paixão, o “Gramofone”.

O homenageado faleceu aos 72 anos, no dia 19 de outubro de 1989, deixando um legado de um profissional exemplar e dedicação aos familiares e amigos, cujos exemplos ficarão gravados de forma indelével na lembrança daqueles que tiveram a oportunidade de conhecê-lo.

Por tais razões e em respeito a memória do mesmo e aos seus familiares, submete a apreciação do Egrégio Plenário a aprovação deste Projeto de Lei que objetiva perpetuar o seu honrado nome a uma via pública de nossa cidade.

À vista de todo o exposto, contando com o costumeiro apoio de Vossa Excelência e Dignos Pares no sentido de transformar o presente Projeto em Lei, reiteramos protestos de elevada estima e consideração.